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Casa do Índio precisa de apoio

Há 46 anos em atividade, a Casa do Índio abriga 25 indígenas que são portadores de doenças físicas, mentais ou crônicas. Gestora e fundadora do espaço, Eunice Cariry conta que muitos dos índios, que hoje são adultos, chegaram crianças ao local e foram acolhidos por ela e pela equipe de cuidadores voluntários. Localizada na Rua Pires da Mota, 17, na Ribeira, a Casa do Índio deixou de receber muitos recursos do governo, desde a criação da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) em 1999 e atualmente sobrevive, principalmente, com a ajuda de doações do Rotary, instituições religiosas, ONGs e moradores solidários da região.


30/05/2014 - Edição 1678

Eunice Cariry abraça os índios Cristiane e Sori
Eunice Cariry abraça os índios Cristiane e Sori
Há 46 anos em atividade, a Casa do Índio abriga 25 indígenas que são portadores de doenças físicas, mentais ou crônicas. Gestora e fundadora do espaço, Eunice Cariry conta que muitos dos índios, que hoje são adultos, chegaram crianças ao local e foram acolhidos por ela e pela equipe de cuidadores voluntários. Localizada na Rua Pires da Mota, 17, na Ribeira, a Casa do Índio deixou de receber muitos recursos do governo, desde a criação da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) em 1999 e atualmente sobrevive, principalmente, com a ajuda de doações do Rotary, instituições religiosas, ONGs e moradores solidários da região.   – Os índios deficientes têm mais dificuldade de sobrevivência nas áreas de origem. Porém, gosto de destacar que a Casa do Índio não é um hospital e sempre que é preciso, eles são encaminhados para atendimento na rede SUS, como qualquer outro cidadão. Além do acolhimento, o mais importante é dar atenção e afeto necessários à recuperação e minimização do sofrimento provocado pelo estado patológico de cada um – explica Cariry, que tem 79 anos.   No espaço, os índios vivem em um esquema de cooperação e integração. “É como se estivéssemos em um acampamento indígena e cada um colabora com o que pode, dentro das suas limitações. Ao longo dos anos, muitas crianças foram encaminhadas aos estudos e eu recebi muitas críticas por isso. Contudo, ressalto que em nenhum momento elas foram retiradas da sua cultura, apenas acredito que ninguém deve viver na ignorância”, comenta Eunice.   Para a gestora, as principais dificuldades são a falta de recursos para contratar mais funcionários e a luta que travou nos últimos anos para que a casa continuasse funcionando.    – A ambição pelo imóvel é grande, o ser humano índio ninguém quer. É muito importante o apoio que recebemos da região com a criação da Comissão de Amigos da Casa do Índio da Ilha, que tem Regina Carlini como atual presidente. Com essa ajuda, o trabalho não vai parar – assegura Eunice. Quem quiser contribuir com doações de alimentos e material de higiene e limpeza, pode manter contato pelo telefone 2767-8008.