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Ilha acolhe grupo que invadiu terreno da Oi

A Igreja Nossa Senhora do Loreto, no Galeão, recebeu no último sábado (3), os desalojados que invadiram em março um terreno da Oi, no Engenho Novo. Após a tumultuosa reintegração de posse do local, os invasores chegaram a acampar em frente à sede da Prefeitura e depois num espaço ao lado da Catedral do Rio. São 209 adultos e 60 crianças que estão acolhidos em uma quadra construída pela igreja do Loreto durante a Jornada Mundial da Juventude, no ano passado.


09/05/2014 - Edição 1675

Os desabrigados foram acolhidos e recebem alimentação na paróquia
Os desabrigados foram acolhidos e recebem alimentação na paróquia
A Igreja Nossa Senhora do Loreto, no Galeão, recebeu no último sábado (3), os desalojados que invadiram em março um terreno da Oi, no Engenho Novo. Após a tumultuosa reintegração de posse do local, os invasores chegaram a acampar em frente à sede da Prefeitura e depois num espaço ao lado da Catedral do Rio. São 209 adultos e 60 crianças que estão acolhidos em uma quadra construída pela igreja do Loreto durante a Jornada Mundial da Juventude, no ano passado.   Dos espaços oferecidos os desalojados escolheram a quadra da igreja na Ilha. A Arquidiocese cedeu quatro ônibus para fazer o transporte do grupo. O coordenador da Pastoral das Favelas, monsenhor Luiz Antonio Pereira disse que por enquanto não há previsão sobre quanto tempo as famílias permanecerão na Igreja do Loreto.    — A Igreja tem que estar sempre ao lado dos mais necessitados, mesmo que não seja nosso papel conseguir habitação para eles. Contudo, os desalojados querem que a gente faça essa mediação com o poder público e nós queremos restaurar a dignidade dessas famílias. Neste primeiro momento, estamos acolhendo e chamando a Prefeitura e o Estado para a negociação — explicou.   Ainda de acordo com o monsenhor, assistentes sociais da igreja iniciaram um trabalho de pesquisa sobre as reais condições dos desabrigados, para identificar as demandas das famílias, a história e os motivos que os levaram a invadir o terreno da Oi.   — Muitas pessoas tiveram que deixar suas casas no Jacarezinho após a implantação da UPP, que valorizou o local e fez aumentar o preço dos aluguéis. Conversei com uma senhora desalojada, que trabalhava como auxiliar de serviços gerais, porém não pode mais pagar o aluguel na comunidade, pois passou de R$ 150 para R$ 300. Estamos em contato com órgãos públicos como a Secretaria de Saúde e do Trabalho para que venham ajuda-los — disse o monsenhor Luiz.   A igreja tem recebido doações de alimentos e a Pastoral das Favelas lembra que a população pode ajudar com tendas colchonetes, mantimentos e produtos de higiene. Informações: 3393-8623.