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Sem garis, ruas ficam tomadas por lixo

Com a coleta de lixo domiciliar e a limpeza urbana interrompida devido à paralização parcial dos garis, o acúmulo de lixo tem deixado as vias da região com péssimo aspecto e odor desagradável. Desde o sábado de carnaval (1º), que o problema atinge todo o Rio. Na Ilha, pontos que já eram críticos, como a Estrada do Dendê, próximo a Igreja Nossa Senhora de Fátima, e na Estrada do Rio Jequiá, em frente a comunidade do Boogie Woogie, estão em situação lamentável.


07/03/2014 - Edição 1666

Calçada na Estrada Rio Jequiá está tomada de lixo
Calçada na Estrada Rio Jequiá está tomada de lixo
Com a coleta de lixo domiciliar e a limpeza urbana interrompida devido à paralisação parcial dos garis, o acúmulo de lixo tem deixado as vias da região com péssimo aspecto e odor desagradável. Desde o sábado de carnaval (1º), que o problema atinge todo o Rio. Na Ilha, pontos que já eram críticos, como a Estrada do Dendê, próximo a Igreja Nossa Senhora de Fátima, e na Estrada do Rio Jequiá, em frente a comunidade do Boogie Woogie, estão em situação lamentável.   Na noite da última quarta-feira (5), o lixão da Estrada do Rio Jequiá sofreu um princípio de incêndio. De manhã, já havia pessoas depositando mais lixo, inclusive entulho de obras. Os moradores dizem que os ratos estão tomando conta do local, mas que não têm onde deixar o lixo doméstico. “Está horrível passar por aqui, pois os ratos estão se proliferando, e não sabemos o que fazer com o lixo”, disse Jane de Oliveira, que mora na Vila Panamericana.    Nos locais que foram rota dos desfiles de blocos de carnaval, muitas latinhas, garrafas de bebida e latas de spray de espuma se acumulam. Na Praça Iaiá Garcia, na Ribeira, a imagem era de abandono. Até no chafariz, que está sem água, havia sacos de lixo e muita sujeira. Moradores do entorno contaram que funcionários da empresa Cosan, que adotou a praça há três anos, tentaram limpar o local, mas sofreram ameaças. Na manhã da última quinta-feira (6), um grupo que pratica exercícios físicos na Academia da Terceira Idade da pracinha, lamentou não poder manter a rotina.   – Não temos condições de usar os equipamentos, pois há muito lixo na área da academia e o local está insalubre e com um cheiro horrível – comentou Israel Pires. A praça só foi limpa na tarde de quinta.   No Aterro do Cocotá, o presidente da Famig (Federação da Associação dos Moradores da Ilha), Melquíades Martins, resolveu pagar pessoas interessadas em ajudar na limpeza. “Por conta das barraquinhas para a festa de carnaval, a sujeira foi maior do que o normal. Se não fizesse isso, o local ia ficar insuportável”, explicou Martins, que ofereceu R$ 20 para quem ajudou a limpar.   De acordo com o presidente da Comlurb, Vinícius Roriz, a limpeza urbana de toda a cidade será normalizada até domingo (9). Roriz declarou que a companhia foi pega de surpresa pela greve, e na última quinta, algumas ruas da cidade tiveram a limpeza executada por caminhões da Comlurb acompanhados por escolta. Os garis manifestantes, no entanto, anunciam um novo protesto nesta sexta.