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“Se Cair, Eu Como” agita a Freguesia

Se preparando para o carnaval, o bloco “Se Cair, Eu Como” está agitando as tardes de domingos na praça em frente a Pedra da Onça, no Bananal. Os ensaios da bateria, que começam às 16h, atraem foliões que querem se divertir e aprender a letra do samba do bloco, que tem como tema “Festa no Céu”. No ano passado, o bloco arrastou uma multidão e os organizadores querem repetir a dose, com reforço na bateria comandada pelo mestre Fernando. O desfile será dia 16 de fevereiro, com concentração às 15h, na Praça Calcutá.


17/01/2014 - Edição 1659

Dezenas de foliões se divertiram com o bloco no carnaval do ano passado
Dezenas de foliões se divertiram com o bloco no carnaval do ano passado
Se preparando para o carnaval, o bloco “Se Cair, Eu Como” está agitando as tardes de domingos na praça em frente a Pedra da Onça, no Bananal. Os ensaios da bateria, que começam às 16h, atraem foliões que querem se divertir e aprender a letra do samba do bloco, que tem como tema “Festa no Céu”. No ano passado, o bloco arrastou uma multidão e os organizadores querem repetir a dose, com reforço na bateria comandada pelo mestre Fernando. O desfile será dia 16 de fevereiro, com concentração às 15h, na Praça Calcutá.    Aos 79 anos, Haydée Cerqueira conta que a história do bloco começou nos anos 60. Na época, o filho mais velho, Décio Cerqueira, participava de uma batucada com os amigos no antigo Bar do Pedro, que ficava na Freguesia.   – Havia uma árvore em frente ao bar e Seu Pedro queria os frutos só para ele. O pessoal então brincava dizendo “Se cair, eu como”. Em um carnaval eles resolveram desfilar pelas ruas da Freguesia e intitularam esta frase como o nome do bloco – lembra Haydée.   O desfile se tornou tradicional por alguns anos, mas Haydée explica que muitos blocos deixaram de desfilar pela Ilha e o “Se Cair, Eu Como” também ficou esquecido.    – Depois de muitos anos sem desfilar, no carnaval de 1997, amigos do meu neto Felipe, que junto com ele formavam o grupo de pagode Descontração, resolveram colocar o bloco na rua novamente. Fantasiamos crianças, chamamos os vizinhos e fomos desfilar na Freguesia. Foi uma grande diversão e fizemos por alguns anos seguintes, mas por conta de mascarados que estavam pondo em risco a segurança, deixamos novamente de fazer – conta Haydée.   Em 2010 a história do bloco começou a mudar mais uma vez. Reunidos no Bar do Paulo, que fica na esquina da Rua Comendador Bastos com a Rua Magno Martins, o mesmo grupo de amigos resolveu resgatar a história do bloco e brincar o carnaval. O compositor André de Souza fez o samba em homenagem ao dono do bar e, desde 2011, o bloco voltou ao carnaval da Freguesia.   – Com a ajuda de muitos amigos e familiares, o clima do bloco é de amizade e de brincadeira. O nosso objetivo é trazer de volta a alegria dos antigos carnavais – comenta André, que também é puxador do bloco junto com Felipe Cerqueira, Thiago Caldas e John Baiense.    Entre setembro e dezembro, o bloco promove uma escolinha de bateria, que para André, esse envolvimento dos ritmistas traz um diferencial.   “Nossa bateria não vem de fora. Quem toca aprende aqui, nas aulas. Temos muitas meninas tocando, que dão o charme a mais no desfile, além da rainha Gabriela Valle”, diz André e revela que neste ano serão 80 ritmistas e que, por conta das obras na orla da Freguesia, o desfile será transferido para a Rua Comendador Bastos.