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Hospital tem 45 leitos fechados

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) notificou, no último dia 8, o Hospital Municipal Evandro Freire por subutilização. O Cremerj constatou, após uma fiscalização, que 45% da unidade não está sendo utilizada. A entidade informou que existem 25 leitos fechados e na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) outros 20 leitos também não são utilizados. O hospital tem 120 leitos e capacidade para seis mil atendimentos mensais, no entanto apenas 57 estão em funcionamento.


17/01/2014 - Edição 1659

Rosilea foi mal atendida
Rosilea foi mal atendida
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) notificou, no último dia 8, o Hospital Municipal Evandro Freire por subutilização. O Cremerj constatou, após uma fiscalização, que 45% da unidade não está sendo utilizada. A entidade informou que existem 25 leitos fechados e na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) outros 20 leitos também não são utilizados. O hospital tem 120 leitos e capacidade para seis mil atendimentos mensais, no entanto apenas 57 estão em funcionamento.   Cerca de 57 milhões de reais foram investidos na construção da unidade inaugurada em março de 2013, com a presença da presidente Dilma Rousseff. Para administrar o hospital, foi escolhida a Organização Social Cejam (Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim). Em novembro, a prefeitura atrasou o repasse à OS e os funcionários do hospital tiveram os salários atrasados e cogitaram realizar greve.   Pacientes, que procuram atendimento, sofrem com a falta de médicos e leitos. Moradora da Portuguesa, Rosilea Lessa conta o sufoco que passou durante os dez dias que precisou ficar internada na unidade no começo deste ano por conta de uma inflamação no pâncreas.    – A equipe é pequena e está sobrecarregada. O médico só vinha me ver cinco minutos, isso porque eu questionava a ausência dele.  Sofri diversos dias sem receber o remédio para dor que precisava. É inacreditável a falta de humanidade com que eles te atendem. Vi muitas pessoas em situação difícil sem serem internados passando mal – desabafa Roselea.   A Secretaria de Saúde informou ao Ilha Notícias que a abertura  progressiva da unidade está relacionada ao aumento da demanda e, segundo o órgão, os leitos disponibilizados respondem ao pronto-atendimento do hospital. Para o Cremerj, os leitos fechados agravam a carência da rede hospitalar e o conselho afirma que, se o problema não for resolvido, entrará com uma ação contra a prefeitura no Ministério Público.