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Moradores sofrem com a falta d’água

Os dias quentes do verão têm sido mais difíceis para os insulanos que estão sem água em casa. Os problemas com a falta de abastecimento começaram antes do natal em ruas do Tauá, na Rua dos Botocudos, na Freguesia, e outras no Jardim Carioca, como a Quitembu, Crundiuba e Cícero Rosa. Sem água para tomar banho, preparar comida, lavar a roupa e realizar atividades do cotidiano, os moradores contam com a solidariedade de vizinhos e sofrem carregando baldes ladeira acima e sob as altas temperaturas do verão.


17/01/2014 - Edição 1659

Os moradores da Rua dos Botocudos precisam subir a ladeira com baldes
Os moradores da Rua dos Botocudos precisam subir a ladeira com baldes
Os dias quentes do verão têm sido mais difíceis para os insulanos que estão sem água em casa. Os problemas com a falta de abastecimento começaram antes do natal em ruas do Tauá, na Rua dos Botocudos, na Freguesia, e outras no Jardim Carioca, como a Quitembu, Crundiuba e Cícero Rosa. Sem água para tomar banho, preparar comida, lavar a roupa e realizar atividades do cotidiano, os moradores contam com a solidariedade de vizinhos e sofrem carregando baldes ladeira acima e sob as altas temperaturas do verão.   A moradora Marta Regina Silva conta que já se cansou de fazer reclamações à Cedae. Desde o dia 23 de dezembro que ela e os moradores da Rua dos Botucudos deixaram de receber a água, que antes entrava na caixa d’água só uma vez por semana.    — Na última quarta-feira (8), o marcador de água da Cedae esteve aqui e marcou minha conta, com o consumo de R$ 225. Queria entender como, se não tenho água há quase um mês. A rua sempre teve problemas, mas piorou justo no verão, quando precisamos mais ainda de água. A parte de cima da rua é a que mais sofre. Mesmo quando alguns moradores tinham água uma vez por semana, não havia pressão suficiente para chegar até a parte mais alta da rua. Tenho comprado água para beber e estava saindo para tomar banho e lavar roupas na casa da minha mãe, que mora no Jardim Carioca. Mas agora ela também começou a ter problemas com a falta de água — desabafa Marta.   De manhã, os moradores carregam baldes à procura de água.  Tânia de Oliveira, que mora na Rua dos Botocudos há mais de 30 anos, comenta a rotina de necessidades que todos passam.   – A gente desce e vê quem ainda tem água e pode doar. Tenho seis filhos em casa que sofrem ainda mais. É um sufoco subir essa ladeira e não dá para carregar mais de dois baldes. A água não é suficiente e nem todo mundo tem dinheiro para comprar galões – reclama Tânia. Aos 66 anos e com problemas de saúde, Maria das Graças Fernandes diz que, nos últimos dias, não tem água para beber em casa. “Tenho ido à Igreja Metodista para beber água e lavar a minha roupa, mas não posso ficar descendo e subindo muitas vezes a rua, pois tenho pressão alta e problemas de circulação nas pernas. Ninguém consegue mais viver nesta situação”, lamenta.   A Cedae informou ao jornal que o desabastecimento foi provocado por constantes quedas de energia que teve como consequência a paralisação das principais elevatórias que abastecem a Ilha. De acordo com a companhia, a Rua dos Botocudos e as que ficam em pontos mais elevados da região foram as mais prejudicadas. A Cedae disse que está fazendo manobras operacionais para tentar solucionar o problema até a próxima semana.