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Sem Terra e Magno Martins sofrem com a falta d’água

Antes era difícil viver na comunidade conhecida como “Sem Terra”. A água da Cedae só chegava nas caixas d’água e cisternas durante algumas horas, duas vezes na semana. Agora piorou. Há quase um mês que o abastecimento foi interrompido na região e as poucas pessoas que conseguem água precisam ir buscar baldes de poços artesianos no local. Sem conseguir tomar banho, cozinhar, lavar a roupa entre outros afazeres domésticos, os moradores reclamam do sufoco diário. O problema também atinge a Rua Magno Martins, que fica próxima ao local.


18/10/2013 - Edição 1646

Nívea e a água amarelada dos poços artesianos
Nívea e a água amarelada dos poços artesianos
Antes era difícil viver na comunidade conhecida como “Sem Terra”. A água da Cedae só chegava nas caixas d’água e cisternas durante algumas horas, duas vezes na semana. Agora piorou. Há quase um mês que o abastecimento foi interrompido na região e as poucas pessoas que conseguem água precisam ir buscar baldes de poços artesianos no local. Sem conseguir tomar banho, cozinhar, lavar a roupa entre outros afazeres domésticos, os moradores reclamam do sufoco diário. O problema também atinge a Rua Magno Martins, que fica próxima ao local.   A comunidade do Sem Terra abriga mais de mil famílias e se expandiu muito nos últimos 20 anos depois das obras do projeto Favela Bairro. Para os moradores, mesmo com algumas melhorias como o asfalto, a região não oferece boas condições de vida, e o problema da falta de água é um exemplo disso.   – Não é porque moramos na favela que não temos direito a dignidade. Antes, a água só entrava as terças e sextas de madrugada e não conseguia encher a caixa de todos moradores. Agora nem isso. Se não fosse eu ter a casa da minha sogra para poder lavar roupa, tomar banho e cuidar do meu filho, não sei o que ia fazer.  Até a água dos poços comunitários está amarelada. Situação muito difícil – desabafa Gisleide Lima que tem um filho de sete anos.   Com um bebê de apenas três meses. Nívea de Souza tenta usar a água de quatro baldes para cuidar da menina.    – Conto com a solidariedade de algumas pessoas, mas o problema é que nem toda água que consigo vem limpa. É muito difícil, pois preciso dar banho na minha filha – reclama Nívea que mora há três anos na comunidade.   Na Rua Magno Martins, os moradores passam a semana tentando economizar a água que só chega às sextas-feiras. “A quantidade de água sempre foi pouca e agora diminuiu muito. O verão está se aproximando e temo pelo o que pode acontecer”, diz a moradora Ana Paula Antunes.   A Cedae disse ao jornal que uma equipe vai ao local nesta sexta-feira (17) para  tentar resolver o problema. A empresa informa ainda que novas tubulações estão sendo implantadas para resolver definitivamente a falta d’água na região. A previsão é de que essa obra seja concluída até o fim do ano.