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Obras de contenção param e tragédia ameaça moradores

Interrompidas há dois anos e meio, as obras de contenção da encosta que desmoronou com as fortes chuvas em abril de 2010 na Estrada do Rio Jequiá preocupa os antigos moradores do local e coloca em risco aqueles que permanecem nos prédios. Na época a tragédia fez uma vítima fatal soterrada nos escombros da casa 794 que veio abaixo. A Defesa Civil interditou 31 casas na Estrada Rio Jequiá e cinco casas na Rua Pracinha Cesário Aguiar. Para retomar aos lares, os moradores cobram uma posição das autoridades.


27/09/2013 - Edição 1643

O plástico preto cobre parte da encosta sem contenção
O plástico preto cobre parte da encosta sem contenção
Interrompidas há dois anos e meio, as obras de contenção da encosta que desmoronou com as fortes chuvas em abril de 2010 na Estrada do Rio Jequiá preocupa os antigos moradores do local e coloca em risco aqueles que permanecem nos prédios.  Na época a tragédia fez uma vítima fatal soterrada nos escombros da casa 794 que veio abaixo. A Defesa Civil interditou 31 casas na Estrada Rio Jequiá e cinco casas na Rua Pracinha Cesário Aguiar. Para retomar aos lares, os moradores cobram uma posição das autoridades.   O taxista Luiz Fernando da Silva conta que após a interdição da casa que morava desde 1980, teve que se mudar para um pequeno apartamento na Ribeira.   – Após a forte chuva, meu terreno foi invadido pelo barranco que deslizou e eu retirei 13 caçambas de lama do quintal. A Geo-Rio começou logo as obras e de acordo com a Defesa Civil era arriscado ficar morando aqui até que tudo tivesse acabado.  Apesar de toda a tragédia, acreditei que logo estaria em segurança na minha casa, mas eles alegaram que as obras foram interrompidas por falta de verbas – explica Luiz que é dono da casa de número 659.   O Espaço Cultural Luar da Mata era comandado por Célia Menezes há mais de 10 anos no número 646 que teve que paralisar as atividades. No local, além de terapias holísticas e estudos espirituais, Célia mantinha também atividades de ajuda aos moradores da comunidade Nossa Senhora das Graças. “Já fizemos abaixo assinado por duas vezes e somente no mês passado conseguimos uma reunião com a subprefeitura. Agora, queremos respostas”, pede.   Mesmo com medo, José Rodrigues continua morando na casa que tem há 40 anos no local. “Enquanto estava recebendo aluguel social, fiquei fora, mas agora que eles suspenderam o benefício, não tinha para onde ir e voltei, mesmo com os riscos de soterramento”, conta. O subprefeito Nelson Miraldi informou ao jornal que acionou a Secretaria de Obras e a Geo-Rio pedindo que atualizem o orçamento do projeto para que a obra possa ser retomada, porém ainda não há previsão.