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Ciclista pedala de Natal ao Rio para a JMJ

Em busca de aventuras e com o objetivo de passar uma mensagem para a juventude que veio ver o Papa, o ex-insulano Miguel Eudes Nunes, de 53 anos, viajou de bicicleta desde a cidade de Natal, no Rio Grande do Norte até o Rio de Janeiro. ..


26/07/2013 - Edição 1634

Miguel (blusa verde), ao lado de familiares, se aventurou para ver o Papa
Miguel (blusa verde), ao lado de familiares, se aventurou para ver o Papa
Em busca de aventuras e com o objetivo de passar uma mensagem para a juventude que veio ver o Papa, o ex-insulano Miguel Eudes Nunes, de 53 anos, viajou de bicicleta desde a cidade de Natal, no Rio Grande do Norte até o Rio de Janeiro. Hospedado na casa dos familiares, no Guarabu, onde morou por 15 anos ele compartilha as experiências e histórias vividas nesses 29 dias pedalando rumo à Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Dormir ao relento, suportar o frio, subir e descer a serra de bicicleta, e enfrentar a discriminação, foram alguns obstáculos de Miguel no trajeto.   Casado com Maria do Céu Silva Nunes e pai de Michael Nunes, Miguel deixou sua casa no dia 18 de junho e conta que o início foi a parte mais difícil da viagem.    – Ir pra longe da família foi o mais duro, pois imaginava que fosse demorar muito até vê-los de novo – diz Miguel.  Porém ao chegar a Ilha foi surpreendido pela esposa e o filho que resolveram vir de avião para esperar o ciclista.  Durante os 2680 quilômetros percorridos, Miguel conta que viveu momentos difíceis, mas diz que vai guardar também boas recordações.   — Além das dificuldades como dormir na estrada, algumas vezes, enfrentar a chuva e a falta de comunicação com os familiares, também passei sufoco na hora de pedir abrigo. Ás vezes, quando pedia para dormir em postos de gasolina, me olhavam como se fosse um mendigo. Mas também vivi gestos de caridade. Muita gente boa me ajudou, com coisas grandes e pequenas, como me emprestar um celular ou pagar um café — diz Miguel, emocionado com as lembranças.    Em sua primeira aventura como ciclista, Miguel registrou suas memórias em um diário e compôs três músicas.  Além da vontade de ver o Papa, Miguel conta que também teve outros motivos para realizar a empreitada pedalando nas estradas.     — Eu queria estimular o uso da bicicleta, um meio de transporte limpo, que não agride a natureza e provar que nós não dependemos apenas dos automóveis. Também queria mostrar que a idade não precisa ser um empecilho para realizarmos qualquer atividade, como pedalar por mais de dois mil quilômetros — explica Miguel que após a JMJ, pretende dar um descanso à bicicleta apelidada de “azulzinha” e voltar de avião com a esposa e o filho para Natal.