Choque de Ordem age na Praia Bica

 Na manhã da quinta-feira (13), a Colônia de Pescadores da Praia da Bica foi cenário de uma operação do Choque de Ordem. De acordo com a subprefeitura, a ação foi tomada após diversas denúncias recebidas sobre a quantidade de lixo e a sujeira no local, além da bagunça causada pelas instalações inapropriadas com barracos na areia.   A operação contou com a presença da Comlurb, da Secretaria de Conservação e da Guarda Municipal. Foram encontrados no local, material de construção como sacos de cimentos e de brita, ripas de madeira, geladeiras e freezers quebrados e enferrujados, barcos inutilizados e todo tipo de entulho. Tratores e caminhões da Comlurb foram utilizados para a retirada de materiais. O subprefeito Nelson Miraldi, que acompanhou a operação, explicou que o objetivo é promover a limpeza e a organização da Colônia dos Pescadores.   – Essa operação foi só o começo das nossas ações no local. Nas próximas semanas, o resto do entulho será retirado e a remoção dos barracos será feita. Vamos oferecer instalações dignas com boxes para os pescadores guardarem o material utilizado na pesca. Estávamos recebendo muitas denúncias sobre práticas que não tinha nada a ver com a pesca, como churrascos e festas com bebidas alcóolicas aos finais de semana. Além disso, carros estacionam na areia. Isso aqui vai acabar. A Colônia é uma área exclusiva para apoio aos pescadores – explicou o subprefeito.   A ação aconteceu sem muitos problemas, contudo o pescador Miguel Arcanjo Martins não ficou satisfeito. “Não poderiam ter vindo sem avisar, estamos querendo melhorias há anos e nada é feito”, disse exaltado o pescador que foi  atendido pelo subprefeito.   A Colônia de pescadores da Praia da Bica utiliza a faixa de areia ao lado do píer e do muro do Esporte Clube Jardim Guanabara há mais de 30 anos e os pescadores contaram que estão esperando por melhorias desde a reforma do píer.    – Eu vivo da pesca, vendo peixes e iscas o dia todo aqui e estava tentando cumprir o pedido verbal da subprefeitura para manter a ordem e os barcos sempre tampados para evitar o perigo da dengue. Mas nós precisamos das instalações para guardar nosso material e a reforma que viria junto com o píer não foi cumprida até agora – disse o pescador Carlos Alberto Tenório, conhecido como China.