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Motoristas são ameaçados por flanelinhas ilegais

Velhos conhecidos dos comerciantes e dos motoristas, os flanelinhas com práticas irregulares causam problemas recorrentes na região. Diariamente, eles são vistos em praticamente todas as vias principais da Ilha, atuando de forma abusiva e cobrando preços altos para os motoristas que desejam estacionar. Muitas vezes, a reação costuma ser agressiva para quem se nega a pagar.


31/05/2013 - Edição 1626

Os motoristas se queixam da atuação de flanelinhas que tomaram conta principalmente dos estacionamentos na Estrada do Galeão
Os motoristas se queixam da atuação de flanelinhas que tomaram conta principalmente dos estacionamentos na Estrada do Galeão
Velhos conhecidos dos comerciantes e dos motoristas, os flanelinhas com práticas irregulares causam problemas recorrentes na região. Diariamente, eles são vistos em praticamente todas as vias principais da Ilha, atuando de forma abusiva e cobrando preços altos para os motoristas que desejam estacionar. Muitas vezes, a reação costuma ser agressiva para quem se nega a pagar.   Na Estrada do Galeão, frequentadores e lojistas do Espaço Ilha 2500, que optaram por não se identificar com medo de represálias, denunciam a falta de respeito. “As ameaças são constantes. Eles chegam a cobrar até 20 reais para quem quer estacionar, principalmente dos idosos, por que acham que vão tomar vantagem”, comentam.    Em frente ao shopping popular, há uma vaga específica para a carga e descarga de caminhões com mercadorias que se tornou mais um motivo constante de atritos.   — Eles oferecem o local como vaga válida e aí quando os caminhões chegam não podem descarregar. E se os guardas multam, o flanelinha passa tirando a multa do para-brisa — denuncia outro comerciante.    Ainda na Estrada do Galeão, em frente ao Shopping 1035, próximo a Rua General Estilac Leal, Khênia Santos, que trabalha na Ótica New Vision, relata como o problema afeta negativamente o comércio.    — Os clientes se sentem intimidados. Quem se recusa a pagar encontra o carro arranhado. Já aconteceu mais de uma vez e aqui perto qualquer lugar que você estacionar, aparece um flanelinha cobrando — comenta Khênia.   Trabalhando na profissão há mais de cinco anos, o guardador de carros Márcio Silva, que atua na Estrada da Cacuia, em frente a Madeirama comenta sobre as diferenças entre um profissional regular e um flanelinha. “Muitas vezes, eles conseguem colete e talão de forma ilícita e não cobram o preço autorizado de R$ 2. Eu pago uma taxa para o Sindicato de Guardadores de Automóveis do Rio e recebo um crachá e um talão para fazer as cobranças”, explica Márcio.   A Guarda Municipal informou ao Ilha Notícias que a repressão a atuação de flanelinhas ilegais é um caso de segurança pública, pois envolve crimes como o exercício ilegal da profissão, extorsão e ameaça. O comandante Corpas do 17º BPM ressaltou que a população deve prestar queixas na 37ª DP e prometeu reforçar operações de combate aos flanelinhas que trabalham ilegalmente.