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Renato, o velocista do skate

De macacão, capacete, luvas e skate, Renato Machado desce em 14 segundos a ladeira da Rua Os Sinos, no Quebra Coco. O treino diário começa por volta das 8h e dura uma hora e meia. A alta velocidade chama atenção de quem passa e admira a coragem do skatista profissional. Renato, mora na Portuguesa, tem 40 anos, e treina para participar da etapa brasileira do campeonato mundial de Skate Downhill, que acontece na cidade de Teutônia, Rio Grande do Sul, entre os dias 15 e 19 de novembro.


09/11/2012 - Edição 1597

Praticante de Downhill, se prepara para competição
Praticante de Downhill, se prepara para competição

 

De macacão, capacete, luvas e skate, Renato Machado desce em 14 segundos a ladeira da Rua Os Sinos, no Quebra Coco. O treino diário começa por volta das 8h e dura uma hora e meia. A alta velocidade chama atenção de quem passa e admira a coragem do skatista profissional. Renato, mora na Portuguesa, tem 40 anos, e treina para participar da etapa brasileira do campeonato mundial de Skate Downhill, que acontece na cidade de Teutônia, Rio Grande do Sul, entre os dias 15 e 19 de novembro.   O skate sempre fez parte da vida de Renato que pratica o esporte há 30 anos. Na adolescência, ele conta que competiu profissionalmente pela modalidade street, mas acabou deixando de lado para seguir o trabalho como músico.   – O skatista está sujeito a muitas quedas e é por isso que o equipamento de segurança é tão importante. Ainda assim nos machucamos e como eu segui carreira trabalhando como guitarrista, parei de praticar – explica Renato que trabalha com Marcelo Yuka e Dado Villa-Lobos.   Decidido a voltar ao esporte, Renato trocou as manobras do street pela velocidade do Downhill e se destacou. “O skatista Valter Vale, que é da equipe Hurley Brasil, me deu total incentivo e a marca está me patrocinando. Agora estou voltando às competições. Esse circuito em Teutônia é a etapa mais perigosa e a velocidade nas ladeiras podem chegar a 100 km/h. A Rua Os Sinos tem um espaço ideal para treinamento com ótimas curvas e pouco movimento de carros”, comenta.   Para treinar, Renato explica que precisa de um carro para resgate. “Alguém que me leve de carro até lá em cima, desça e sinalize para eu poder descer sem que nenhum carro esteja passando. Meu objetivo é sempre reduzir o tempo de descida”, conta ele que tem a ajuda de familiares nos treinos. Para manter o condicionamento físico, em alguns dias, ele dispensa o auxílio do carro e sobe a ladeira a pé.   – É muito puxado, às vezes o vento está forte e o risco de queda aumenta. Já cheguei ao final da ladeira com o pneu do skate rasgado. É essencial para prática um capacete full face, pois as quedas para quem pratica downhill afetam principalmente a face, luvas e o macacão. Este que eu uso – emprestado pelo amigo Thiago – é feito de kevlar, o mesmo material usado em coletes à prova de bala, diz preocupado com a segurança.   Para assistir aos treinos do skatista basta ir na ladeira da Rua Os Sinos localizada no Quebra Coco, no Jardim Guanabara. É de arrepiar!