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Protetores resgatam animais feridos

O amor pelos animais e a preocupação com o drama de cachorros, gatos e aves que sofrem maus tratos e são abandonados nas ruas da Ilha foi uma motivação para que Afonso Nélio e Daniela Rebull iniciassem um trabalho de proteção aos animais que já dura quatro anos. A lista de animais castrados e adotados que a dupla conseguiu resgatar já passa dos 300 bichinhos. Com a ajuda de uma rede de amigos que se solidarizam com a causa e também dos bombeiros do grupamento da Ilha e de veterinários da região e de Olaria, Afonso e Daniela ajudam animais que precisam de socorro e lutam para conscientizar os moradores da Ilha.


05/10/2012 - Edição 1592

Afonso e Daniela atuam juntos nas ruas da Ilha. A cadelinha Maya foi adotada
Afonso e Daniela atuam juntos nas ruas da Ilha. A cadelinha Maya foi adotada

 

O amor pelos animais e a preocupação com o drama de cachorros, gatos e aves que sofrem maus tratos e são abandonados nas ruas da Ilha foi uma motivação para que Afonso Nélio e Daniela Rebull iniciassem um trabalho de proteção aos animais que já dura quatro anos. A lista de animais castrados e adotados que a dupla conseguiu resgatar já passa dos 300 bichinhos. Com a ajuda de uma rede de amigos que se solidarizam com a causa e também dos bombeiros do grupamento da Ilha e de veterinários da região e de Olaria, Afonso e Daniela ajudam animais que precisam de socorro e lutam para conscientizar os moradores da Ilha. Afonso percebeu que é grande o abandono de gatas e cadelas prenhas e de animais que estão doentes. “Muitos donos de cães e gatos acabam largando seus bichos nas ruas quando eles ficam doentes e é triste a realidade dos bichinhos que muitas vezes já são até idosos”, conta. No último domingo (30), Daniela encontrou um cachorro macho perdido nas Pitangueiras que aparentava ter sido abandonado por seus donos. “Ele estava andando rápido e com medo e tinha uma hérnia inchada na barriga. Consegui segurá-lo e levá-lo para casa. Agora ele aguarda cirurgia na clínica veterinária da Rua Cambaúba, que é nossa parceira. Depois, vamos fazer uma campanha para ele encontrar um novo dono”, explica Daniela que tem mais de 30 cães adotados em casa. Para eles, o principal ponto crítico de abandono de animais na Ilha é em Tubiacanga. É comum durante a noite e a madrugada pessoas irem de carro até lá só para abandonar cães e gatos. “Temos uma amiga que nos ajuda com os animais deixados em Tubiacanga e no mês passado, seis cães foram abandonados lá e algumas pessoas viram quando uma pessoa em uma kombi deixou os bichos e foi embora”, denuncia Afonso. Para encontrar pessoas que adotem os cães e gatos resgatados, Afonso e Daniela usam principalmente sites especializados e as páginas pessoais no facebook. “A internet nos ajuda muito neste trabalho, publicamos a foto do bichinho, muitos nos ajudam compartilhando e assim conseguimos boas pessoas interessadas”, comenta Afonso. Muitas aves também já foram devolvidas à natureza com a ajuda de Afonso. No início da última semana, Ele recebeu um telefonema informando que uma ave fragata estava ferida na Rua Combu, no Cacuia.   – Quando resgato uma ave marinha quase sempre ela está ferida por uma linha de pesca. O corte foi profundo e agora ela está se recuperando no meu terraço. Acredito que a fragata vai conseguir voar e voltar para a natureza. A última que estava ferida na Praia da Bica se recuperou em menos de um mês – conta feliz.   Daniela destaca que uma das principais conquistas deste trabalho voluntário na Ilha são os mutirões para castrar os animais. “A castração além de ser uma eficaz medida contra o aumento do número de animais de rua também evita muitas doenças. A gente conseguiu uma parceria com uma clínica veterinária em Olaria e castra os animais a um preço popular. Todo mês fazemos um mutirão na Ilha e levamos de 30 a 40 bichos para fazer o procedimento”, explica. Quem tiver interessado em ajudar ou adotar um animalzinho de estimação pode entrar em contato pelo: 3474-9523.