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Sinal é ignorado e causa três mortes na Canárias

O desrespeito de motoristas ao sinal de trânsito que liga a Rua Martim Pescador, na Vila Joaniza, à Estrada das Canárias, próximo a Clínica da Família Assis Valente já terminou em três mortes desde o começo do ano. Com medo de se tornarem novas vítimas, os moradores denunciam que a qualquer hora do dia os motoristas ignoram o sinal e acham que a única solução para o problema é a instalação de um radar na via.


30/03/2012 - Edição 1565

Carro avança na faixa de pedestres enquanto os moradores protestam
Carro avança na faixa de pedestres enquanto os moradores protestam

O desrespeito de motoristas ao sinal de trânsito que liga a Rua Martim Pescador, na Vila Joaniza, à Estrada das Canárias, próximo a Clínica da Família Assis Valente já terminou em três mortes desde o começo do ano. Com medo de se tornarem novas vítimas, os moradores denunciam que a qualquer hora do dia os motoristas ignoram o sinal e acham que a única solução para o problema é a instalação de um radar na via.

 

Há mais de dez anos morando em um apartamento que fica em cima da padaria Branca de Neve, na Rua Martim Pescador, o casal Patrícia Rodrigues e Ailton de Souza conta que viu da janela os acidentes no local.

 

– Os motoristas correm como se tivessem em uma pista de competição, fazem a curva próxima a clínica da família e nem se preocupam em diminuir a velocidade quando se aproximam da rua que dirá parar quando o sinal está vermelho. Da janela eu vejo o sufoco das pessoas que querem atravessar e os acidentes que acontecem. É um absurdo está situação – relata Patrícia. O marido Ailton diz que com a instalação da Clínica da Família, deveria haver mais fiscalização para evitar o desrespeito, mas a situação só piorou. "Aumentou o número de pessoas que passam por aqui e foi aí que os acidentes começaram a acontecer, quem é atropelado aqui morre na hora porque os carros correm muito e o impacto é fatal, precisamos de um radar urgente", pede.

 

Para a moradora Maria do Carmo Oliveira, além do radar deveriam ser instalados quebra-molas no trecho da estrada que fica próximo à rua da Vila Joaniza. "Antes do sinal tinha que ter quebra-molas para obrigar os motoristas a reduzirem a velocidade. Aqui é uma área residencial com colégios próximos como as escolas municipais Anita Garibaldi e a Lavínia Dória. Várias crianças passam por aqui e correm risco todos os dias. Eu mesma voltei a estudar à noite no Anita Garibaldi e tenho medo de ficar estirada no asfalto", desabafa.

 

No dia 15 de março, o cunhado de José Genuíno da Costa foi mais uma vítima de atropelamento. "Foi às 19h da noite enquanto tentava atravessar a rua. Ele morreu na hora e o motorista nem prestou socorro", diz. O cunhado de José se chamada Eduardo Menezes e tinha 65 anos. Os moradores contam que já entraram em contato com a subprefeitura da Ilha, mas não tiveram a solicitação atendida. "Não aguentamos mais essa situação e pretendemos organizar um protesto para ver se as autoridades olham para o nosso problema, que é grave", desabafa Maria do Carmo. A Cet-Rio informou ao Ilha Notícias que vai enviar técnicos para fazer uma avaliação e dar uma solução adequada aos local.