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Assaltos a passageiros de kombis deixam a população espantada

Quem utiliza o transporte alternativo para se locomover pelos bairros da Ilha está com medo da onda de assaltos aos passageiros de kombis, principalmente à noite...


05/08/2011 - Edição 1531

Sônia Reis, uma das vítimas, pede maior segurança nas ruas da Portuguesa
Sônia Reis, uma das vítimas, pede maior segurança nas ruas da Portuguesa

Quem utiliza o transporte alternativo para se locomover pelos bairros da Ilha está com medo da onda de assaltos aos passageiros de kombis, principalmente à noite. Bandidos travestidos de motoristas e trocadores abordam as vítimas, e quando o passageiro já está dentro do veículo, apagam as luzes e efetuam o roubo. Em alguns casos, há um terceiro criminoso, que se faz de passageiro, e dá auxílio aos comparsas. Três leitores denunciaram ao Ilha Notícias a audácia dos bandidos.

Mara Vieira foi assaltada na noite do último sábado (30) na Portuguesa pelo motorista e a trocadora de uma kombi que faz a linha Ribeira x Portuguesa. Os criminosos conseguiram levar R$ 140, uma bolsa de roupas e outras sacolas com compras de supermercado. “Eu estava com duas crianças. Eles não respeitaram nem isso. Ele era baixinho, com bigode e a garota era nova, com cabelo curto, preto”, desabafou.  Já Cláudia Santos foi vítima de um assalto semelhante por volta das 21h30 do dia 23 de julho. Ela pegou a kombi da mesma linha no Zumbi e sentou na frente. — Assim que entrei na kombi o motorista já falou pra eu sentar atrás, alegando que a porta estava com defeito. Eles entraram na Rua Mileto Maciel, apagaram as luzes e disseram que era um assalto. Pegaram meu cordão, pulseira, celular e bolsa. Só fiquei com a roupa do corpo. Eles me mandaram descer, sem olhar para trás — contou apavorada Claúdia. Sônia Reis também teve que entregar a força todos os seus pertences aos bandidos. No início do mês de julho ela pegou uma kombi para o Jardim Guanabara por volta das 21h30 na Rua Gustavo Augusto de Rezende. “Dentro da kombi estavam o motorista, a trocadora e um homem, que parecia ser passageiro. Sentei no banco traseiro e a cobradora veio sentar ao meu lado. Achei aquilo estranho. Quando chegamos na Rua Professor Henrique Roxo, eles desligaram as luzes e avisaram que era um assalto”, contou Sônia, que mora há mais de 30 anos na Ilha e nunca passou por situação semelhante. Como os bandidos levaram a sua bolsa, com todos os documentos, incluindo comprovante de residência, e chaves de casa, Sônia resolveu evitar maiores transtornos. “Eu mudei a fechadura da porta da minha casa. Não sei quem é essa gente”, disse. Ela registrou ocorrência na 37ª DP. O comandante do 17º BPM, o tenente coronel Marcos Netto pede para a população tomar a mesma atitude e não deixar de registrar os casos na delegacia, porque só assim a polícia poderá investigar melhor. “Mas já aviso que estamos fazendo um trabalho de inteligência para pegar esses marginais”, concluiu.