24/02/2012 - Edição 1560
Ney Filardi já anunciou algumas mudanças. "A partir de agora a escolha do samba-enredo será de total responsabilidade minha. O samba terá que ser leve, poético e melódico. Junção nunca mais! E os enredos, enquanto eu estiver na presidência da União da Ilha, serão 100% nacionais. A obra de Niemeyer e de Paulo Coelho são duas possibilidades", diz. A diretoria da escola também garantiu a presença do carnavalesco Alex de Souza em 2013. O presidente elogiou a desenvoltura da comunidade no desfile e afirmou que o trabalho será ainda mais forte para o ano que vem. "Alcançaremos o desfile das campeãs. Este ano ganhamos mais respeito e estamos em uma crescente. Nossa hora vai chegar!", exclamou.
No dia 7 de março, a União realiza uma festa na quadra da escola para comemorar o aniversário de 59 anos da agremiação e o presidente promete surpresas. "Teremos uma grande atração para o nosso aniversário e na festa vou apresentar mais mudanças para o carnaval de 2013", anuncia.
Com uma viagem pela história da Inglaterra, a União da Ilha defendeu neste carnaval o enredo "De Londres ao Rio: Era uma vez uma Ilha" com bom humor e luxo. Segunda agremiação a entrar na Sapucaí na segunda-feira de carnaval, a tricolor insulana conquistou o oitavo lugar e um estandarte de ouro como a melhor comissão de frente do Grupo Especial, prêmio oferecido pelo jornal O Globo aos melhores do carnaval.
A comissão de frente "Deus Salve a Ilha" fez uma paródia dos cortejos reais ingleses. Em uma carruagem real, a carnavalesca Maria Augusta, responsável por grandes carnavais na Ilha, foi homenageada e interpretou a rainha Elizabeth. Emocionada, Maria Augusta acenava para o público ao lado do gari Renato Sorriso, que se juntou aos 14 bailarinos da Comissão de Frente e mostrou samba no pé. A coreografia foi criada por Sergio Lobato, que já foi bailarino do Royal Ballet School, na Inglaterra. O pede passagem da escola veio com o nome da Ilha, protegido por duas passistas. O contraste com o jeito sério dos guardas ingleses ficou por conta da sensualidade, simpatia e samba das passistas Graziele Dantas e Priscila Mathias.
Muito coloridas as baianas desfilaram com a fantasia Extremo Oriente, já os ritmistas representaram os Sioux, bravos nativos americanos que habitavam a Vírgina, primeira colônia norte-americana dos britânicos. À frente da bateria, a rainha Bruna Bruno vestiu a fantasia de índia Pocahontas. Outro destaque da avenida foi o grande navio pirata comandado por Francis Drake, que conquistou as primeiras colônias para a Inglaterra.
A quinta alegoria homenageou um clássico da literatura infantil "Alice no País das Maravilhas" com esculturas que representavam uma mesa de chá com xícaras, blues e doces. A atriz Letícia Spiller veio à frente do carro representando a personagem, ao lado do ator Eriberto Leão, o Chapeleiro Maluco. O carro "O suingue de Londres", destacou Londres como referência em moda e música. Freddie Mercury, Amy Winehouse e Elton John foram lembrados.
A parte final do desfile fez menção as Olimpíadas, com sede na cidade de Londres este ano, e uma ponte para os jogos Olímpicos que serão realizados no Brasil em 2016. A presença de atletas como Shelda e Carlão, medalhista olímpico no vôlei, deram um brilho ao desfile.
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