Gente da Ilha

Marquinhus do Banjo é União da Ilha

Marcus Paulo é o nome registrado em cartório, mas por onde passa é conhecido como Marquinhus do Banjo. O insulano, de 46 anos, nasceu e foi criado no bairro da Freguesia e herdou dos pais o amor pela União da Ilha. Deus o abençoou com o dom de cantar e tocar diversos instrumentos de corda. Desde 2001 atua, como componente do carro de som da escola.


27/07/2018 - Edição 1895

A paixão pela União da Ilha e a família, são inspirações na vida de Marcus
A paixão pela União da Ilha e a família, são inspirações na vida de Marcus
Marcus Paulo é o nome registrado em cartório, mas por onde passa é conhecido como Marquinhus do Banjo. O insulano, de 46 anos, nasceu e foi criado no bairro da Freguesia e herdou dos pais o amor pela União da Ilha. Deus o abençoou com o dom de cantar e tocar diversos instrumentos de corda. Desde 2001 atua, como componente do carro de som da escola.   A infância de Marcus foi tranquila marcada por duas paixões: o futebol e o samba. Como todo moleque, cresceu vendo os gols de Zico, Adílio e Nunes do grande Flamengo da década de 80.  — Eu comecei a criar um vinculo de amor pela União da Ilha ainda moleque, com 10 anos, muito por influência do meu pai Zeca e da minha mãe Cidália. Eles compareciam nos ensaios, que ainda eram realizados na quadra do Esporte Clube Cocotá, e faziam parte dos segmentos da escola. Eu sempre estava presente e tinha vontade de crescer ajudando a União — conta Marquinhos, que estudou na Escola Municipal Leonel Azevedo e concluiu o ensino médio no Colégio Mendes de Morais.  Aos 15 anos, fez seu primeiro desfile, no carnaval de 1987, na bateria da União da Ilha, com o enredo “Extra! Extra!”. Com uma voz agradável e ritmo apurado, Marcus se dedicou a aprender instrumentos de corda. Na época, o sucesso do momento, era o banjo. Então juntou alguns trocados e adquiriu um.  O apelido vem dessa época. Mesmo sem saber passar uma nota, carregava o banjo para todos os cantos.  — Era do banjo pra cá e pra lá. E o apelido pegou de vez. Hoje em qualquer lugar que vou, seja na União ou no trabalho, sou o Marquinhos do Banjo. Estranho quando me chamam de Marcus Paulo.  O talento e o amor pela União da Ilha fizeram com que ele crescesse dentro da escola. E com o passar do tempo aposentou o banjo e aprendeu a tocar cavaquinho, um instrumento mais leve e fácil para carregar na avenida. Em 1989 foi designado para o carro de som da escola de onde não saiu mais. E nem pretende.  — Tive a oportunidade de cantar ao lado de Aroldo Melodia e hoje com o filho Ito. Tenho prazer de servir à União da Ilha. Digo para todos que a União é a minha segunda casa. A segunda pele.  Outro talento que possui é o de compositor. Aos 46 anos, já ganhou oito sambas na escola. Para ele os mais especiais foram: o de 1992, “Sou Mais Minha Ilha”, ainda moleque com 20 anos, quando venceu grandes sambistas da escola, e o de 2009 “Viajar é Preciso”, que levou a escola de volta ao grupo especial do carnaval carioca, depois de oito anos no segundo grupo.  Paralelo ao mundo do samba, Marquinhus é uma pessoa alegre que vive em harmonia com a esposa Renata de Paula, há mais de 25 anos, e têm orgulho das filhas, Caroline, de 26 anos, e às gêmeas Beatriz e Larissa, de 23. Sonhador, sempre faz uma fezinha na loteria para um dia ganhar uma bolada. Marquinhus do Banjo é um insulano boa praça, divertido e admirado por todos na Ilha do Governador. Seu jeito sonhador e irreverente conquista todos que estão a sua volta. O amor pela azul, vermelho e branco é de berço.