Gente da Ilha

Mestre Kim inspira a Team Moraes

O pernambucano Joaquim, caçula dos oito filhos do casal José e Celina, chegou ao Rio de Janeiro em março de 1970 a procura de oportunidades melhores para sua vida. Seus primeiros seis anos na Cidade Maravilhosa foram em Nilópolis, na Baixada-Fluminense.


23/12/2016 - Edição 1812

O professor Joaquim estampa no peito, com orgulho, o nome da sua esposa
O professor Joaquim estampa no peito, com orgulho, o nome da sua esposa
O pernambucano Joaquim, caçula dos oito filhos do casal José e Celina, chegou ao Rio de Janeiro em março de 1970 a procura de oportunidades melhores para sua vida. Seus primeiros seis anos na Cidade Maravilhosa foram em Nilópolis, na Baixada-Fluminense. Depois que concluiu o ensino médio foi trabalhar no Bradesco, onde foi gerente e, com dificuldades conciliava o curso de direito. Depois de sair do banco Joaquim abriu seu próprio escritório de advocacia e começou a prosperar cada vez mais. Casado com Maria Luiza há 46 anos, o casal tem dois filhos, Hérica e Diego. E a família aumentou em 2002 com a chegada do netinho Caio Graco, fato que deu a Joaquim uma de suas maiores alegrias na vida. — Minha esposa sempre foi o grande pilar de sustentação de nossa família, muito dedicada aos filhos, a casa e ao trabalho, enfim, uma guerreira e nosso grande exemplo. Com a chegada do neto, nossa vida só melhorou. É maravilhoso tê-lo conosco — disse emocionado. Segundo o advogado, sua chegada à Ilha foi graças a uma oportunidade quando ainda trabalhava no Bradesco. O banco recuperou alguns imóveis como forma de pagamento de uma empresa que faliu e isso facilitou a compra para os funcionários.  — Eu consegui comprar um apartamento na Freguesia, depois nos mudamos para as Pitangueiras e agora vivemos neste lugar especial do Moneró — contou Joaquim. Avô presente, o insulano passou a acompanhar a evolução do neto bem de perto e incentivou o jovem nas investidas no futsal e natação, mas foi no jiu-jitsu que Caio se encontrou de verdade. “Eu percebi que ele estava cada vez mais envolvido com o jiu-jitsu e eu já tinha o desejo de iniciar um projeto voltado para as artes marciais.  Minha filha falou que existia na Ilha duas pessoas que eram referência nessa arte, o Daniel e o Diego Moraes. Então, os procurei e planejamos a parceria para a construção de um centro de treinamento de artes marciais. Em nove meses colocamos de pé a Team Moraes, que hoje é referência na formação de lutadores no mundo inteiro, disse orgulhoso Joaquim, conhecido como Mestre Kim, praticante de jiu-jitsu e Muay Thai. Sobre a Ilha, o lutador diz que não há lugar melhor no Rio de Janeiro para viver. — Com todos os problemas de violência na cidade, aqui na Ilha me sinto seguro. Amo esse lugar. Temos excelente comércio, as pessoas se conhecem. Eu costumo dizer que mesmo se ganhasse na loteria não sairia da Ilha, pelo contrário, colocaria em prática outros projetos de saúde e educação que tenho — disse o professor Joaquim, um mestre na arte da vida, que com seus exemplos inspira aqueles que o cercam a enfrentar e vencer todos os desafios que a vida apresenta.