Gente da Ilha

Lá na Rosi é o novo desafio

Carisma, trabalho e determinação, são palavras que definem bem Rosiana, ou simplesmente, Rosi. Aos 56 anos a filha dos portugueses Alcino e Dea, nasceu no bairro do Cocotá. “Sou Brasileira com muito orgulho e insulana nata, sou de fato privilegiada”, diz Rosi com o sorriso que é a sua marca registrada.


01/12/2016 - Edição 1808

Sempre bem-humorada, a comerciante Rosiana é especialista em empreendimentos gastronômicos
Sempre bem-humorada, a comerciante Rosiana é especialista em empreendimentos gastronômicos
Carisma, trabalho e determinação, são palavras que definem bem Rosiana, ou simplesmente, Rosi. Aos 56 anos a filha dos portugueses Alcino e Dea, nasceu no bairro do Cocotá. “Sou Brasileira com muito orgulho e insulana nata, sou de fato privilegiada”, diz Rosi com o sorriso que é a sua marca registrada.   O pai, comerciante bem sucedido, era um homem disciplinador, já a mãe era doce e, até hoje, é o grande amor da vida de Rosiana, que foi criada com mais cinco irmãos.    — Apesar de receber mais carinho da minha mãe, eu herdei a aptidão para o comércio do meu pai e, desde muito jovem, comecei a trabalhar. Apesar de sermos uma família com situação razoável, não gostava de pedir dinheiro a meu pai e, por isso, fazia carreto nas feiras para as amigas de mamãe e ia para a escola a pé, tudo para guardar dinheiro para sair nos fins de semana — contou a insulana.   Durante dez anos a brasileira de sangue europeu trabalhou como secretária em uma companhia de transporte marítimo.    — Foi um período de muito aprendizado, viajei de navio por três meses pela Europa e conheci lugares lindos como Inglaterra, França, Espanha, Itália e Grécia. Estive por pouco tempo no continente africano, no Egito,  lá foi o lugar que mais me encantei. As pirâmides são de fato fascinantes. Conheci também o Marrocos. Nestas viagens, além de fazer amigos que até hoje sei que posso contar, conheci um português, o Rogério, por quem me apaixonei e vivi com ele em Portugal durante 11 anos —  explicou Rosi.   Após o fim do relacionamento, Rosi retornou ao Brasil e, por ser comerciante, abriu dois restaurantes muito conhecidos na região: o Pontapé e Pontapé Beach. “Foi um tempo de muito trabalho e muitas satisfações. Não consigo trabalhar se não gostar do que estou fazendo”, disse Rosiana, que há cerca de quatro meses vendeu o restaurante e até pensou em voltar para Portugal.    — Preparei tudo para voltar a Portugal, mas não pude. O amor da minha vida precisa de mim aqui pertinho dela — disse referindo-se à mãe   — então, resolvi começar um novo trabalho e lancei há cerca de um mês o “La na Rosi”. É um quiosque pequeno na Estrada do Rio Jequiá, próximo à entrada da Colônia Z-10, onde preparo os pratos que gosto e sei fazer bem, como frutos do mar, churrascos e petiscos variados.   Rosi não teve filhos, mas tem em sua mãe, irmãos e sobrinhos-netos a base que precisa para viver e ser feliz. Batalhadora, corajosa, líder de uma família unida e apaixonada pela natureza, a insulana vai se recriando a cada dia. É um exemplo de mulher e cidadã que naturalmente impõe sua personalidade forte e cujos negócios logo se transformam em sucesso. Vamos Lá na Rosi?