O insulano Aldemir Júnior é atleta de ponta e vai representar o Brasil no atletismo nas próximas olimpíadas em duas provas: o revezamento 4 x 100 metros e nos 200 metros rasos, cujo adversário principal é o recordista mundial Usain Bolt.
Atleta olímpico, Aldemir já venceu duas vezes o Troféu Brasil de Atletismo - 2014 e 2015 -, e é nove vezes Campeão Sul-Americano. Mas esse campeão também é medalha de ouro na vida. Criado na comunidade do Boogie Woogie, o atleta de 23 anos venceu adversidades dificílimas em sua trajetória. Aos 11 anos o menino perdeu os pais de forma trágica e violenta durante conflito na própria comunidade onde moravam. Após este acontecimento, de acordo com Aldemir, a avó materna Amara passou a criá-lo, cuidando de duas orientações fundamentais para o seu caráter e desenvolvimento como cidadão: ética e moral.
— Minha avó foi a minha rainha e foi muito presente em minha vida, mostrando de forma clara a diferença entre o certo e o errado — disse Júnior.
Mas esse insulano campeão conta que teve uma infância alegre com muitos amigos e brincadeiras ligadas ao esporte. “Joguei muito futebol, basquete, vôlei e claro, disputei muitas provas de corrida. Foi quando em uma dessas brincadeiras, um senhor chamado Welington Chagas me viu correndo e acreditou que eu tinha algum potencial para o atletismo. Ele me levou para treinar no Vasco”, disse o atleta, lembrando que na época não imaginava que estava iniciando uma carreira vitoriosa no atletismo.
Outra pessoa que o atleta destaca é a sua atual treinadora, Vânia Valentino. “Ela é como se fosse uma mãe. Cuida da minha vida orientando meus treinamentos, alimentação, saúde. Posso dizer que sem a Vânia eu não teria alcançado índices tão expressivos quanto aos que tenho hoje. Graças à ela vou disputar minha segunda olimpíada”, comemora o atleta que já participou das olimpíadas de Londres em 2012.
O jovem velocista mora na Portuguesa e diz que está ansioso para disputar as Olimpíadas no Brasil. “Estou contando os minutos para entrar na pista de atletismo.”
— As vezes me pego sonhando no lugar mais alto do pódio e vejo a bandeira brasileira subindo, o hino nacional tocando. É um sonho que vou buscar, por mim, pelos meus pais, pelos meus treinadores, pelo Brasil, e claro, pela Ilha do Governador, especialmente pelas crianças da comunidade em que vivi até o início deste ano — disse o nosso campeão.
Educado, ético e determinado, Almir é um homem e atleta do bem que alcançou as vitórias por seus próprios méritos e esforços. Ele terá o Brasil e principalmente toda população da Ilha na torcida por suas vitórias nos Jogos Olímpicos. Boa sorte!
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