Gente da Ilha

Ele conquistou a Ilha com a Quebec

Aos 13 anos ele chegou ao Brasil e foi morar no Encantado, bairro onde o pai já fixava residência. Vinte dias após sua chegada, o português Fernando Paiva Ferreira, começou a trabalhar em bares no Méier e em Del Castilho. Na expectativa de dias melhores, Ferreira foi gerente de um posto de gasolina no Lins de Vasconcelos, onde trabalhou durante dois anos e meio.


09/10/2015 - Edição 1749

O vascaíno Fernando, dono da Quebec se orgulha de ser insulano de coração
O vascaíno Fernando, dono da Quebec se orgulha de ser insulano de coração
Aos 13 anos ele chegou ao Brasil e foi morar no Encantado, bairro onde o pai já fixava residência. Vinte dias após sua chegada, o português Fernando Paiva Ferreira, começou a trabalhar em bares no Méier e em Del Castilho. Na expectativa de dias melhores, Ferreira foi gerente de um posto de gasolina no Lins de Vasconcelos, onde trabalhou durante dois anos e meio.  — Nesse período consegui juntar um dinheirinho, comprei uma kombi e arrumei uma licença de feirante. Trabalhava sete dias na semana, não tinha folga — diz o empresário, que durante 16 anos se empenhou arduamente vendendo legumes nas feiras livres de Botafogo, Leblon, Ipanema, Flamengo, Rio Comprido e São Cristóvão. Cansado da vida de feirante, Fernando comprou um táxi e foi trabalhar na praça. “Eu tinha um Opala vermelho. Mas vida de taxista não é fácil. Trabalhei durante quatro anos e confesso que era cansativo”, comentou o português, que decidira enveredar no ramo de auto peças por aconselhamento de primos que já atuavam no ofício. — Abri uma sociedade com uns primos, mas trabalhamos juntos por pouco tempo. Foi então que decidi vir para Ilha e aluguei uma loja no Guarabu. E lá fundei a Quebec, graças a Deus prosperei e decidi que aqui era o meu lugar. Fixei residência na região e após 12 anos de muito trabalho pude ampliar o negócio e comprei uma loja maior na Estrada do Galeão, onde hoje está a empresa — disse Fernando. Casado há 39 anos com Luzia da Silva Ferreira, pai de Fernando e Fernanda e avô de Manuela, de um ano e três meses, aos 66 anos o português bem humorado tem em sua família a fonte de energia para as lutas do dia a dia. “Amo minha família. Eles são tudo para mim. Cada vez que vejo um sorriso da minha netinha me encho de energia e me revigoro para enfrentar as batalhas da vida”, diz orgulhoso. Outra paixão de Fernando é o Vasco da Gama, clube do qual é conselheiro. “Lá em casa todos são vascaínos. Eu costumava ir semanalmente aos estádios e ainda levava a esposa, sobrinhos e filhos de amigos, mas depois de um problema de saúde não tenho ido mais”, comentou chateado. Há 23 anos morando na Ilha, o empresário diz que tem grande apreço pela região. “Gosto muito do povo insulano. Em geral são pessoas valorosas e, sobretudo trabalhadoras. Eu não saio daqui porque criei raízes neste lugar. Agradeço a Deus por ter colocado a Ilha do Governador em minha vida”, disse o lusitano, que tem reconhecido o seu valor pela sociedade da região e clientes. Fernando é um cidadão sério e merece ser homenageado porque é um exemplo de empresário. É o nosso Gente da Ilha desta edição.