Gente da Ilha

Gente da Ilha - Claudette Ferraz

Ela tem o tom de voz grave e um modo de interpretar canções com uma energia singular. Teve na mãe a grande inspiração para as artes musicais e seu primeiro grupo foi “O Bando”, uma banda montada por um músico que apostava no talento da menina de 16 anos, que encerrava algumas apresentações em bailes. Ao atingir a maioridade, um amigo a convidou para ser a cantora do grupo e após hesitar um pouco, Claudette Ferraz jogou-se de corpo e alma nos palcos da vida. Seu primeiro show foi em um baile promovido pelo Clube Seropédica em 1978 e, nesta época, ela era conhecida com Lady Crooner. Daí em diante, muitas portas se abriram e a jovem promessa da MPB foi amadurecendo suas performances e conquistou seu espaço nas noites do Rio de Janeiro.


05/06/2015 - Edição 1731

Intensa em suas interpretações, Claudette Ferraz tem talento e carisma
Intensa em suas interpretações, Claudette Ferraz tem talento e carisma
Ela tem o tom de voz grave e um modo de interpretar canções com uma energia singular. Teve na mãe a grande inspiração para as artes musicais e seu primeiro grupo foi “O Bando”, uma banda montada por um músico que apostava no talento da menina de 16 anos, que encerrava algumas apresentações em bailes. Ao atingir a maioridade, um amigo a convidou para ser a cantora do grupo e após hesitar um pouco, Claudette Ferraz jogou-se de corpo e alma nos palcos da vida. Seu primeiro show foi em um baile promovido pelo Clube Seropédica em 1978 e, nesta época, ela era conhecida com Lady Crooner.  Daí em diante, muitas portas se abriram e a jovem promessa da MPB foi amadurecendo suas performances e conquistou seu espaço nas noites do Rio de Janeiro. Em 1979, Claudette casou-se com Gilson Mendonça, um compositor ligado a Tim Maia. Após Tim e Gilson comporem a música “Descobridor dos sete mares”, na casa dela no Guarabu, os laços entre a cantora e Tim se estreitaram e ele a convidou para ser backing vocal de sua banda.  Depois de quatro anos trabalhando com Tim Maia, Claudette seguiu novos horizontes. A cantora passou a fazer parte dos arranjos musicais de muitos nomes importantes da música popular brasileira, como Emílio Santiago, Kátia, Jorge Aragão e Reginaldo Rossi. Em 1991, apresentou-se no Domingão do Faustão, onde lançou seu primeiro LP “Dois Apaixonados”, produzido por Michael Sullivan, com  shows da cantora em todo Brasil e no exterior. Apaixonada pela Ilha, a cantora já teve algumas idas e vindas da região, mas há 22 anos ela mora no Moneró, na Rua Valeriana, lugar que diz se sentir tranquila.  — Esse lugar é ótimo. Tem uma energia muito boa. O povo é acolhedor e alegre. Sinto-me bem na Ilha. Quando comecei a cantar na noite fazia shows no Tabuão, no Don Franguito e no Iate Clube Jardim Guanabara — diz a cantora, que conheceu Elymar Santos e estabeleceu com ele uma grande amizade. Na comemoração de 30 anos de carreira de Elymar, no Jequiá, o cantor convidou Claudette para dar uma “canja”. A apresentação da cantora arrancou fortes aplausos do público. — O Elymar é um grande amigo e sempre me apoiou. Assim como ele, eu também aluguei o Canecão para fazer um show em 1991 e foi sucesso de bilheteria —,  disse Claudette. No próximo dia 21, a cantora estará entre as atrações da Roda de Samba do Ito Melodia e vale a pena conferir o talento dessa insulana de alma e coração. Claudette Ferraz é dessas mulheres fortes, que não desiste dos sonhos, sobretudo, porque confia do talento que tem.