Gente da Ilha

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Nascida na cidade de Parnaíba, no Piauí, a poetisa Doralice Craveiro de Carvalho tem uma carreira marcada pela sensibilidade de suas obras. Moradora do Jardim Guanabara há 53 anos, Doralice lançou seu primeiro livro cujo título é “Folhas Secas”, em 1989. De lá pra cá, publicou outras oito obras com páginas recheadas de poesias, que revelam sentimentos e emoções sobre a vida. Casada há 64 anos com o comendador Antonio Pinheiro de Carvalho, Doralice está prestes a lançar o seu 10º livro, que se chama “Gotas de Saudade” com previsão para 2015


21/11/2014 - Edição 1703

A poetisa Doralice de Carvalho se prepara para lançar o 10º livro da carreira
A poetisa Doralice de Carvalho se prepara para lançar o 10º livro da carreira
Nascida na cidade de Parnaíba, no Piauí, a poetisa Doralice Craveiro de Carvalho tem uma carreira marcada pela sensibilidade de suas obras. Moradora do Jardim Guanabara há 53 anos, Doralice lançou seu primeiro livro cujo título é “Folhas Secas”, em 1989. De lá pra cá, publicou outras oito obras com páginas recheadas de poesias, que revelam sentimentos e emoções sobre a vida. Casada há 64 anos com o comendador Antonio Pinheiro de Carvalho, Doralice está prestes a lançar o seu 10º livro, que se chama “Gotas de Saudade” com previsão para 2015.    Membro da Academia de Letras e Artes de Paranapuã, Doralice conta que descobriu a sua identificação pela poesia ainda criança, no Colégio de Freiras Nossa Senhora das Graças, que ficava na sua cidade natal, onde estudou por 11 anos.    – Foi na escola que comecei a escrever e cheguei a ganhar um concurso promovido por um jornal interno. As poesias são para mim uma expressão do meu universo particular e de observações do cotidiano. Em Parnaíba, cresci em uma família com mais cinco irmãos, na qual os estudos e a arte eram bastante valorizados. Meu pai Justino Craveiro é um exemplo para mim. Pai dedicado, um grande amigo e companheiro. Ano passado, fiz o lançamento do livro “Páginas Viradas” em Parnaíba, a convite do prefeito. Sempre que estou lá sinto muitas saudades do meu pai – revela Doralice, que tem 83 anos.   O namoro com Antonio Pinheiro começou quando Doralice tinha 14 anos. “Morava em um sobrado e a gente namorava sob os olhos do meu pai, sempre com muito respeito um pelo outro”, conta. Quando faltava apenas três meses para terminar o curso de Normalista no colégio, Antonio a surpreendeu com um par de alianças.    – Quase não acreditei no pedido. Na época, a minha família preparava o enxoval da minha irmã, que estava para se casar. Apaixonados, chegamos a fugir para a Praia da Armação e Antonio queria que voltássemos de lá casados. No mesmo dia, meu irmão foi nos buscar. O casamento aconteceu dias depois no civil e no religioso. Moramos por um ano na minha casa até nos mudarmos para a nossa. A mudança para o Rio de Janeiro aconteceu depois de termos a nossa primeira filha, Normana. Antonio veio gerenciar um negócio de produção de gordura do coco pertencente a Zequinha Moraes, pai do José Moraes, Comodoro do Iate Clube Jardim Guanabara – explica.   O primeiro endereço na Ilha ficava na Rua Breno Guimarães. “Ficamos lá até a nossa casa ficar pronta na Rua Bocaíuva. Acompanhamos de perto cada detalhe”, conta. Da união com Antonio Pinheiro nasceram quatro filhos – Normana, Fátima, Antonio Filho e Catarina –, cinco netos e quatros bisnetos.   – Tenho um casamento muito feliz, um marido maravilhoso e até hoje nós dormimos de mãozinhas dadas.  Não há casamentos sem momentos de briga, até porque elas dão essência à relação. A diferença é que a gente sempre saiu mais renovado de cada situação de conflito. Antonio sempre foi o amor da minha vida – revela.