Gente da Ilha

Valdir valoriza a arte na Biblioteca

Há mais de dez anos, que o artista plástico Valdir Pereira Augusto se dedica as aulas de desenho, pintura e escultura na Biblioteca


22/08/2014 - Edição 1690

Simpático, Valdir conta que, além das aulas, incentiva os novos talentos
Simpático, Valdir conta que, além das aulas, incentiva os novos talentos
Há mais de dez anos, que o artista plástico Valdir Pereira Augusto se dedica as aulas de desenho, pintura e escultura na Biblioteca   Popular Euclides da Cunha, no Cocotá. A oficina gratuita “A Arte e o Artista em Primeiro Plano” atrai um público variado, e é responsável por movimentar as tardes na biblioteca, além de ajudar a desenvolver o lado artístico e servir como terapia e lazer. Todo fim de ano, Valdir promove uma exposição com o trabalho dos alunos e conta que resgatar a arte na região é o seu principal objetivo.   Valdir se mudou para a Ilha há mais de 15 anos, a convite de um amigo, que na época morava no extinto bairro de Itacolomi.    – Com frequência vinha visitar meu amigo Severino, já falecido, e ele me incentivava a me mudar para a Ilha. Nesta época, morava em Madureira, onde nasci. Sou filho único e sempre vivi com a minha mãe Roberta. Depois que ela veio a falecer, topei a ideia do Severino.   Nesse tempo, cheguei a sair da região uma vez, mas logo voltei – explica Valdir, que tem 64 anos.   O gosto pela arte começou ainda na infância e aos 13 anos, Valdir conta que a sua brincadeira preferida era fazer esculturas de barro em casa.    – Desde pequeno eu gostava de desenhar e comecei a fazer esculturas. A vontade de me dedicar mais à arte me acompanhou. Fiz diversos cursos no Senac, ligados a desenho e artes gráficas, mas a minha principal atividade era como taxista – comenta.    Valdir trabalhou nesta profissão por 38 anos até que se envolveu num acidente de trânsito.    – Foi uma batida grave com um caminhão na Estrada do Barro Vermelho, em Rocha Miranda. Poderia ter perdido a vida. Fiquei internado por meses, fiz oito operações e hoje uso uma prótese na perna direita – revela.   O problema de saúde não o desanimou e o professor começou a dar aulas de pintura na região.    – Tive turmas na ACM e na Lona Cultural Renato Russo, mas foi na Biblioteca que tive as melhores experiências. É muito bom descobrir talentos e incentivar, principalmente as crianças, a se concentrar e ocupar a cabeça desenvolvendo o lado artístico. Muitos adultos e até professores procuram também a oficina para aprimorar as técnicas e eu troco muitas informações. Não é necessário ter conhecimento prévio da atividade, basta ter vontade de aprender – destaca o professor que é casado com Sônia há 14 anos e, atualmente, mora na Freguesia.   A turma está sempre aberta para receber novos alunos e as aulas acontecem as quartas, das 13h às 17h, as sextas, das 9h às 17h e aos sábados das 10h às 16h. Mais informações: 3368-7797.