Gente da Ilha

Maria vende delícias nas ruas da Ilha

Os quitutes e sacolés feitos pela insulana Maria Aparecida de Oliveira fazem sucesso no caminho que ela percorre todos os dias entre o Cocotá e o Guarabu. Há três anos que ela deixou de trabalhar como diarista para vender nas ruas da Ilha as delícias que produz na cozinha de casa. Empurrando o carrinho onde conserva bolos, pudins, canjica, salgados diversos, empadão, sacolés e saladas de frutas, Maria Aparecida explica que o sucesso nas vendas a ajuda nas contas de todo o mês.


11/04/2014 - Edição 1671

Os doces e salgados de Maria fazem sucesso
Os doces e salgados de Maria fazem sucesso
Os quitutes e sacolés feitos pela insulana Maria Aparecida de Oliveira fazem sucesso no caminho que ela percorre todos os dias entre o Cocotá e o Guarabu. Há três anos que ela deixou de trabalhar como diarista para vender nas ruas da Ilha as delícias que produz na cozinha de casa.  Empurrando o carrinho onde conserva bolos, pudins, canjica, salgados diversos, empadão, sacolés e saladas de frutas, Maria Aparecida explica que o sucesso nas vendas a ajuda nas contas de todo o mês.   Nascida em uma família humilde na cidade de Senador Cortes, em Minas Gerais, Maria Aparecida conta que quando criança ajudava os pais Dalila Antônia e José Tomás de Oliveira a trabalhar em uma fazenda da região.    – Trabalhávamos na roça e era um serviço puxado que nos garantia alimentação e lugar para morar. Apesar das dificuldades, aprendi com meus pais que precisava trabalhar para conseguir o que queria na vida – revela Maria que tem 55 anos.    Moradora do Cocotá há 23 anos, Maria diz que além de atuar como diarista, trabalhou também como acompanhante de idosos e aprendeu a cozinhar com uma ex-patroa.   – Não tinha tantas habilidades na cozinha e uma patroa me ensinou muitas receitas. Peguei o gosto e aprendi a fazer muitos pratos. Porém, não esperava que um dia fosse trabalhar vendendo salgados e doces. No começo, saia de casa com 30 sacolés de frutas em um isopor pequeno e com as boas vendas, resolvi investir e oferecer outros lanches – comenta Maria que vende mais de cinquenta sacolés por dia e, o mais pedido, é o de coco.   Com uma clientela fiel, formada principalmente por comerciantes e funcionários de lojas, motoristas de vans e ônibus, passageiros das barcas e estudantes, Maria diz que volta para casa ao final do dia com o carrinho vazio.   – A maioria já sabe a hora que costumo passar e até fazem encomendas do que desejam comer. O preço depende do tamanho da fatia que costuma ser a partir de R$ 2 e o sacolé por R$ 2,50. No começo, eu tinha dificuldade de dar o troco, fui aprendendo tudo com o tempo e os clientes sempre me incentivaram a continuar o trabalho – ressalta Maria.   Casada há 16 anos com José Felinto da Silva e mãe de Cristiane Aparecida, que tem 32 anos e mora em São Paulo, Maria sonha em aumentar a área da cozinha para facilitar o preparo das receitas.   – Tenho certeza que no dia que conseguir realizar o sonho de ampliar a minha casa será porque contei com a ajuda de tantos insulanos que prestigiam o meu trabalho e elogiam o sabor – diz emocionada Maria, que serve de exemplo pela seriedade com que faz seu trabalho e também como incentivo para tanta gente que ainda não sabe como fazer para gerar dinheiro. Às vezes as oportunidades estão na nossa frente e falta iniciativa. O negócio é ter fé, criatividade, colocar a mão na massa e trabalhar duro.