Gente da Ilha

César comanda a funerária Santa Casa

Nascido e criado na Ilha, César Arpino Gatto é um daqueles insulanos que não abre mão de viver na região. Aos 58 anos, ele conta que sua família está na Ilha há mais de 200 anos e passou por diversas transformações históricas que a região viveu. Na infância, César lembra que o avô Antônio José Gatto cuidava de uma oficina de bicicleta no Galeão. “A bicicleta era um dos meios de transportes mais utilizados pelos moradores em uma na época que só os bondes circulavam na Ilha”, comenta. O pai, Nestor José Gatto era mergulhador e o ensinou a pescar. Hoje em dia, César é o responsável pela funerária Santa Casa, que está em atividade na região há 19 anos.


29/11/2013 - Edição 1652

César conta que pertence a uma família antiga na Ilha e cuida com atenção dos serviços funerários
César conta que pertence a uma família antiga na Ilha e cuida com atenção dos serviços funerários
Nascido e criado na Ilha, César Arpino Gatto é um daqueles insulanos que não abre mão de viver na região. Aos 58 anos, ele conta que sua família está na Ilha há mais de 200 anos e passou por diversas transformações históricas que a região viveu. Na infância, César lembra que o avô Antônio José Gatto cuidava de uma oficina de bicicleta no Galeão. “A bicicleta era um dos meios de transportes mais utilizados pelos moradores em uma na época que só os bondes circulavam na Ilha”, comenta. O pai, Nestor José Gatto era mergulhador e o ensinou a pescar. Hoje em dia, César é o responsável pela funerária Santa Casa, que está em atividade na região há 19 anos.    Formado em Direito na Unigranrio, César lembra que durante muitos anos estudou em colégios internos. “Passei pelo Mosteiro São Bento e pelo colégio Nossa Senhora da Estrela, na Tijuca. Só aos finais de semana vinha para Ilha quando meu pai me levava para pescar”, recorda. Na infância, os amigos gostavam de frequentar as praias ou caçar preás na região.    Nesta época, a maior parte da família morava no Galeão, mas o seu tio avô, que morava no Cacuia, era conhecido na Ilha. “O apelido dele era 28 e ele aplicava injeção de casa em casa. Um serviço muito comum nos anos 50, que hoje em dia não existe mais”, diz.   Em 2009, foi César Gatto quem socorreu o pescador Emerson Abreu que teve o crânio perfurado pelo próprio arpão quando fazia pesca submarina na Praia da Engenhoca.   – Eu estava pescando com uns amigos na Ilha Mãe Maria, que fica a poucos metros da Praia da Engenhoca, quando ouvi o mergulhador pedindo socorro. Fui até ele, que pediu para que eu retirasse o arpão. Tive calma e vi que só um médico poderia fazer isso. O levamos para o Paulino Werneck, conversando o tempo todo para que ele se mantivesse lúcido. Foi muito bom ver que ele se salvou e até hoje vive bem – explica César. Em março deste ano, a equipe do canal Discovery produziu um especial sobre o acidente no programa “Casos Bizarros”.   Na funerária, César se preocupa em oferecer total assistência para evitar os transtornos em uma hora tão difícil. “O contato com quem está passando pelo momento delicado que é a perda de um parente querido ou um amigo, tem que ser feito com atenção e respeito. Para os menos favorecidos, temos planos a preços populares, pois acho que devemos prestar este serviço social à comunidade – avalia César.   Mesmo na dor, César conta que já vivenciou situações na funerária que teve que levar com bom humor. “Já aconteceu de aparecer três viúvas de um mesmo homem aqui querendo cuidar do enterro. Contornamos a situação e elas velaram o marido sem problemas”, lembra. A Santa Casa fica na Rua Tenente Cleto Campelo, 71. Informações: 3366-5055.