Gente da Ilha

Gente da Ilha - Alduína Santana de Carvalho

Originária do Piauí, a costureira Alduína Santana de Carvalho Silva, nascida em 1941, mudou-se para o Rio de Janeiro há 52 anos. Desse tempo, há 32, ela vive na Ilha...


11/08/2011 - Edição 1532

Dona Alduína, junto com a sua equipe de costureiras, Kátia, Aparecida e Denise, em seu ateliê
Dona Alduína, junto com a sua equipe de costureiras, Kátia, Aparecida e Denise, em seu ateliê

Costurando a vida com amor e linhaC Costurando a vida com amor e linha

 

Originária do Piauí, a costureira Alduína Santana de Carvalho Silva, nascida em 1941, mudou-se para o Rio de Janeiro há 52 anos. Desse tempo, há 32, ela vive na Ilha. Atualmente mora no Tijolinho, e o que ela se recorda com mais saudade, é de quando as praias eram limpas e o banho de mar era um programa para todos.

Alduína casou-se aos 22 anos e teve duas filhas: Adriana Santos e Denise Araújo, que hoje seguem os mesmos passos da mãe na profissão. Sua neta, Mariana, filha de Denise, também já está iniciando no mundo das reformas de roupas. Alduína faz questão de deixar claro que o amor ao trabalho é fundamental. “Não adianta se formar em alguma profissão e não ter o dom”, frisa ela.

Sempre dona de casa, Alduína aprendeu a costurar sozinha, aos 25 anos, porque gostava deste tipo atividade. Sua clientela inicialmente era formada por amigos e vizinhos. Com o sucesso, devido à qualidade de seu trabalho, ela foi se profissionalizando a cada dia.

Atualmente, seu ateliê de reformas, conta com uma equipe de cinco costureiras, são elas: Kátia Loreto, Aparecida Cristina e Liane, com quem trabalha há 25 anos, além de suas duas filhas, Denise e Adriana. Todas trabalham sob sua orientação. Quando não está costurando, Alduína passa o tempo curtindo a família ou então, coloca em prática seu hobby, viajar. Recentemente foi para Visconde de Mauá e já programou o próximo destino: vai para Natal, Rio Grande do Norte, visitar a irmã.

A costureira diz que trabalha apenas com reformas de roupas e ao contrário do se possa imaginar, o que dá mais trabalho não são os vestidos de festa ou os de noivas, e sim, a peça mais masculina do vestuário: o terno. Seja para alargar ou apertar. Alduína e sua equipe atendem uma média de 150 clientes por semana.

 

— Às vezes, temos que atender a tantos clientes, que eu preciso entrar em cena e fazer as marcações também, para poder ajudar as meninas no serviço — conta.

 

Seu grande número de clientes se deve, em primeiro lugar, a qualidade do trabalho e a forma carinhosa e educada com a qual todos que chegam são tratados. “Para permanecer no mercado, você precisa ter qualidade e qualquer coisa que você faça, deve ser feita com perfeição”, diz com convicção.

 

Alduína tem muitos clientes que vem de outros bairros, mas a maioria são da Ilha. Ela credita sua fama ao boca a boca: “Nada como um serviço bem feito para fazer nossa propaganda”.

 

As reformas passam de geração a geração. “Atendo famílias inteiras, clientes de anos, às vezes ficam todos reunidos: avó, mãe, filhos e netos”, comentou.

 

Precursora em ateliês de reforma de roupas no bairro, ela ficou 13 anos atendendo na Rua Graná e atualmente, seu ateliê funciona há mais de 15 anos na Estrada do Cacuia, 1075, sala 202 (2467-5081).