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Você conhece a Praça do Papai Noel?

Local era exemplo de integração entre gerações


Por Juberto Santos

17/12/2021 - Edição 2072

Praça localizada no Moneró recebeu o nome em homenagem a Antônio Rodrigues, Papai Noel Oficial do Brasil
Praça localizada no Moneró recebeu o nome em homenagem a Antônio Rodrigues, Papai Noel Oficial do Brasil

Por estar chegando o tempo do Natal é importante o povo insulano saber que há uma praça nomeada de Papai Noel na Ilha. Entendemos essa figura como parte do Natal desde o final do século XIX e início do XX. 

Mas por que o local ganhou esse nome? Bem, a antiga Praça do Moneró foi revitalizada no final de 1969 e passou por melhorias a pedido de moradores, estudantes e professores da região. Ela foi inaugurada em 25 de Dezembro de 1976 e o nome foi escolhido, após longo e caloroso debate na ALERJ. Assim, foi uma homenagem a Antônio Rodrigues, na época era o Papai Noel Oficial do Brasil. Ao centro da Praça encontra-se uma Placa em metal (encomendada pelo Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro) com a imagem, a data e o agradecimento ao bom velhinho. 

Hoje vemos muito o Papai Noel em shoppings ou em decorações diversas em nossas casas na época do Natal, contudo, há algumas décadas, era comum ver o bom velhinho em diversos eventos sociais e políticos, como inaugurações, shows, propagandas, festas beneficentes em qualquer época do ano. Aqui na Ilha não foi diferente. Em eventos diversos pela Ilha, muitas vezes, Papai Noel marcou presença e fazia a festa da criançada. Bons tempos! 

A Praça do Papai Noel conta com um espaço bem amplo com brinquedos, bancos e mesas para jogos de damas/xadrez, um campo de futebol com uma arquibancada lateral, um espaço que abrigou uma antiga quadra de vôlei muito usadas nos anos 80 e 90, por moradores, insulanos de outros bairros e estudantes das Escolas Municipais Belmiro Medeiros e Rodrigo Otávio.  

Estudei na Rodrigo Otávio nos anos 90 e lembro bem como ficava lotada até nos finais de semana. Vendedores de doces com suas carrocinhas abarrotadas de balas, chicletes, chocolates, biscoitos, laranjinhas. E tantas outras guloseimas que deixavam todos nós com os olhos brilhando! Também havia barracas em seu entorno.  

Lembro-me do Sr. Noé, Sr. Macário e depois seu filho, Sr. Cristiano. Cansei de participar de torneios incentivados por professores de ambas as escolas e até por moradores locais, como o saudoso Sr. Silva que morava bem em frente e cedia bola e a rede de vôlei para as crianças jogarem. Muitas vezes ele vinha jogar conosco. Ao final, tínhamos o cuidado de dobrar a rede e devolvê-la. Desde cedo, ali, era ensinado a cada um a ter responsabilidade, cuidado, respeito. Tempo bom! 

Ali fiz muitas trocas de figurinhas, jogos de bafo-bafo, pique-pega, trabalhos escolares e fortaleci amizades. Mas é um espaço que necessita sempre de atenção e cuidados das autoridades em relação à sua manutenção e segurança. É uma praça de todos nós!  

Feliz Natal a todos os insulanos! 

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