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Sem conservação, parte da orla desaba

Pitangueiras e Praia da Bandeira são os locais onde os problemas são mais graves


09/07/2021 - Edição 2049

Maré destruiu parte da calçada nas Pitangueiras
Maré destruiu parte da calçada nas Pitangueiras

Trechos das calçadas e contenções na orla da Praia da Bandeira e da Praia da Pitangueiras precisam de obras urgentemente. O estado de conservação da orla é preocupante, o que faz com que moradores, quiosqueiros, motoristas e pedestres fiquem com o sinal de alerta ligado para o risco de desmoronamentos. Ambos os trechos estão repletos de rachaduras e há partes das calçadas que já cederam à ação da natureza provocadas durante as marés altas e da chuva, formando verdadeiras crateras nas calçadas.  

Na Praia da Bandeira, longos trechos da calçada estão completamente esburacados, impossibilitado os pedestres de caminharem com segurança, e obrigando as pessoas a andar pelo meio da rua junto aos veículos. Outro problema é o desnível do asfalto que, em alguns trechos gera medo nos pedestres devido ao risco de que desmoronem a qualquer momento. 

— Há mais de um ano que a gente vê a orla piorando a cada dia que passa. O problema é tão grave que já está afetando a estrutura de algumas das casas em frente. A gente fica assustada porque a situação é perigosa e não temos perspectiva de quando o problema vai ser solucionado — conta uma moradora que preferiu não ser identificada.  

Contenção na Praia da Bandeira está ameaçada

Em 2019, a Defesa Civil interditou parte da via e chegou a colocar fitas de isolamento, que foram arrancadas por vândalos. Na ocasião, foi elaborado um parecer técnico sobre os problemas da orla. No entanto, foram feitas somente pequenas intervenções no local. Em abril deste ano, moradores fizeram um abaixo-assinado solicitando obras de recuperação da orla, cujo documento foi encaminhado aos órgãos competentes. “Não é uma obra simples com cimento que vai resolver o problema. É um trabalho complexo para prevenir uma tragédia anunciada”, explica a moradora.

Camila Gomes, 46 anos, é proprietária de um dos quiosques localizados na Praia das Pitangueiras, em frente ao píer – que também está destruído. Ela conta que o mau estado da orla e do píer tem afetado o movimento do seu quiosque porque diminuiu o número de pessoas que caminhavam pela orla e o fluxo de pescadores que utilizavam o pier. 

— É um problema para a gente, porque além de deixar o nosso quiosque com aspecto de abandono, evidencia o risco que estamos sofrendo. Meu quiosque já está com rachaduras provocadas pela maré. É questão de tempo para que algo mais grave aconteça e infelizmente estamos de mãos atadas sem poder fazer nada — disse Camila, preocupada. 

A Secretaria Municipal de Infraestrutura informou que já concluiu estudo e está na fase de elaboração do projeto para orçar.