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Ricardo Tavares assume a Colônia Z-10

Líder comunitário volta ao comando da Associação de Moradores e da ONG Ores


12/02/2021 - Edição 2028

Ricardo Tavares é presidente da Z-10 pela terceira vez e quer trabalhar integrado com o poder público
Ricardo Tavares é presidente da Z-10 pela terceira vez e quer trabalhar integrado com o poder público

O insulano Ricardo Tavares, de 54 anos, está de volta na presidência da Associação de Moradores da Colônia Z-10, região em que ele vive a quatro décadas. Primeira colônia de pescadores do Brasil, a Z-10, que completou o centenário em 2020, hoje tem cerca de oito mil habitantes e sofre há anos com problemas crônicos de saneamento básico e ordem pública. Ricardo, que também preside a Ores, instituição que reintegra e ressocializa pessoas em situação de rua, atuando em toda cidade, chega para seu terceiro mandato à frente da associação com mais experiência e fôlego renovado.

Tavares assume o lugar de Glória Salgado, que não pôde dar sequência na administração por problemas de saúde. E com a posse de uma nova gestão na prefeitura, ele diz que tem esperança de que as demandas dos moradores da Colônia Z-10 sejam tratadas como prioridades e as intervenções necessárias sejam feitas em curto prazo para diminuir os impactos e transtornos sofridos pela sua comunidade.

— Estamos diante de uma prefeitura que já mostrou que pode realizar. Aos poucos já conseguimos intermediar algumas obras para a Colônia Z-10, como a reforma do deck dos pescadores, próximo ao Centro de Educação Ambiental, além de ações de limpeza. Neste mandato, a associação quer se colocar à disposição do morador da Z-10 e ser caminho de conversa entre eles e os governos. Queremos ser um novo elo para encaminhar os problemas da comunidade — explica o presidente Ricardo Tavares.

Entre as prioridades do novo presidente está uma operação de choque de ordem na Colônia Z-10. De acordo com Ricardo, o trânsito é caótico. São muitos carros para poucas ruas. Além disso, o crescimento populacional vertical da Z-10 com diversas construções irregulares e os avanços ilegais do comércio nas ruas e na praça preocupam. Ele garante que vai cobrar mais fiscalizações do poder público para minimizar esses problemas.

— Quando você não tem fiscalização, tudo vira uma zona. Qualquer pessoa pode se achar no direito de poder tudo, e isso é um grande perigo. Já tem pessoas avançando na praça, criando moradia no local. É preciso agir. O manguezal do Jequiá é outro ponto que será tratado como prioridade máxima. Vamos fortalecer o Centro de Educação Ambiental trazendo arte e cultura para dentro da Z-10. Após a pandemia, queremos as escolas da Ilha fazendo visitação ao mangue para que os estudantes conheçam a sua fauna. A nossa ideia é contribuir para a conscientização das pessoas sobre a importância de preservar o meio ambiente.