29/05/2020 - Edição 1991
O percentual de pacientes recuperados da Covid-19, na região, segue crescendo e serve como um sinal de esperança para os insulanos, considerando que o conjunto de bairros da Ilha do Governador ocupa a quarta colocação de localidades do município com mais casos de pessoas infectadas pela doença. Ao todo são 672 casos e um percentual de 80% de curados, de acordo com o Painel Covid-19 da prefeitura, que monitora diariamente os dados da doença na capital.
A prefeitura do Rio segue as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e considera recuperado aquele paciente que depois de apresentar quadro grave da doença, refaz o teste até obter dois resultados negativos para o coronavírus com ao menos um dia de intervalo. Pessoas com casos leves entram na conta de recuperados quando não apresentam mais os sintomas após 14 dias do início da infecção. A insulana Kelly Cardoso, moradora da Praia da Rosa, faz parte do grupo de recuperados da Covid-19. Ela ficou internada no Hospital Evandro Freire por 11 dias.
— Foram dias difíceis no Evandro Freire. O tratamento da equipe de médicos e enfermeiras era bom, mas o hospital está sobrecarregado, não tem leitos para todo mundo. Eu tive que ficar internada em uma sala improvisada e sentada numa poltrona. Como tenho sobrepeso não conseguia dormir, além do fato de pensar sempre na minha família e o quanto poderiam estar sofrendo. Tive 75% do pulmão comprometido, mas graças a Deus deu tudo certo e estou curada — conta Kelly.
O Evandro Freire tem conseguido sustentar a demanda de pacientes ampliando o atendimento para outras áreas do hospital como o auditório, para dar conta da internação de novos pacientes. Entretanto, as vagas em leitos de UTI para o coronavírus estão cada vez mais escassas. Por outro lado, no entorno do hospital é possível notar o maior movimento de carros funerários e ambulâncias que chegam ao hospital, fato que torna o ambiente tenso e preocupa acompanhantes e moradores da região.
No Evandro, não há mais leitos de UTI para pacientes graves da Covid-19
Aglomerações persistem em frente aos bancos e maioria não faz uso de máscaras