Querosene oferece aulas de reforço

Na busca por promover o acesso à educação e combater a evasão escolar, um projeto de aulas de reforço escolar tem sido um importante catalisador para os jovens da comunidade do Querosene, localizada no bairro do Tauá. Realizado no espaço da Associação de Moradores, o projeto oferece suporte educacional às crianças e adolescentes da região e incentivos a sempre estudar. 

As aulas de reforço ocorrem todas as terças e quintas, de 16h às 18h, e visam suprir lacunas no aprendizado e fortalecer o desempenho escolar dos estudantes da comunidade. O projeto é coordenado por Fernanda Lane, moradora da comunidade e estudante de pedagogia, e se destaca por sua abordagem personalizada, que se adapta às necessidades individuais de cada aluno. Atualmente, cerca de 20 alunos participam das aulas de reforço. 

— No nosso projeto a gente procura entender qual é a dificuldade de cada um e aí trabalhamos conforme o que cada criança precisa. Muitos não tinham o hábito de ler e eram deficientes de conteúdo educativo. Isso prejudicou o processo de ensino e aprendizagem, mas a gente trabalha para que essas crianças estejam sempre em constante evolução — explica Fernanda Lane. 

Para o presidente da Associação de Moradores do Querosene, Eduardo Pontes, o projeto também visa aproximar os mais jovens da associação e retirá-los das ruas, diminuindo assim o seu tempo ocioso.  

— A nossa ideia ao implementar o projeto foi quebrar a distância entre a criança e o estudo. Muitas vezes a criança não tem um local adequado de estudo em casa e aqui ela tem esse espaço. Com isso, queremos abrir a janela do conhecimento para esses jovens — afirma Eduardo Pontes. 

Além das aulas de reforço, a Associação de Moradores do Querosene tem planos para estimular ainda mais a educação na comunidade. Neste momento está sendo construída uma biblioteca comunitária na sede da entidade e, segundo o presidente Eduardo, futuramente haverá também um espaço dedicado para estudo online, voltado para estudantes de universidade à distância, além de um projeto de alfabetização para adultos. 

— Queremos tornar a associação um ponto de estudo para todos, tanto para a criança como para o adulto. Isso porque sabemos da dificuldade de algumas pessoas de sair da comunidade. Então queremos facilitar esse acesso — explica Eduardo.