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Quebra-Coco, um lugar privilegiado

A região começou a ser ocupada em 1970, em loteamento da Companhia Santa Cruz


11/10/2019 - Edição 1958

A orla do Quebra-Coco e as praças da região são opções de lazer e entretenimento para os insulanos
A orla do Quebra-Coco e as praças da região são opções de lazer e entretenimento para os insulanos

Com uma orla que tem uma vista privilegiada para a Baia de Guanabara, a região conhecida como Quebra-Coco é um dos bairros mais aprazíveis da Ilha do Governador. Os nomes da maioria das ruas como Espumas, Grão de Areia, Serenata, entre outras, foram dados em homenagens a grandes obras da literatura brasileira, por decreto do prefeito Marcos Tamoyo em 1976.

O nome Quebra-Coco veio do apelido dado pela garotada que frequentava a região antes e durante o processo de loteamento dessa parte do Jardim Guanabara. Os moleques iam para a região para caçar passarinhos, pescar lambari na praia calma do Engenho Velho e se divertir na vegetação nativa, constituída principalmente de coqueiros e árvores frutíferas. Atualmente as ruas e praças continuam arborizadas, mas as árvores frutíferas deram espaços para a expansão imobiliária. Construções modernas e de alto padrão são características do local, embora algumas casas do tempo do loteamento ainda resistam ao tempo e muitas estão muito bem conservadas.

Praça do Quebra-Coco é bastante frequentada para caminhadas e exercícios 

— Uma das frutas prediletas eram os coquinhos-de-catarro abundantes no local. A gente batia um coquinho no outro para tirar a casca e comer somente o miolo. Era a alegria da criançada. Hoje imagino só existir nas matas das áreas da aeronáutica, nos fundos do Colégio Lemos Cunha – conta o corretor de imóveis, Roger Arantes, antigo frequentador assíduo do Quebra Coco.

As obras de urbanização do Quebra-Coco foram realizadas pela Companhia Imobiliária Santa Cruz, que dominava a Ilha. O projeto imobiliário era transformar o Quebra-Coco em uma região nobre e arborizada, que chamava a atenção das pessoas. Foi implantado o conceito de “Cidade Jardim”, do britânico Richard Parker, que influenciou o topógrafo, conhecido como senhor Meyer, a elaborar um planejamento urbano com ruas seguindo as curvas de nível e a divisão por lotes.

O investimento publicitário da construtora começou a ter retorno em 1970 quando as vendas de terrenos no Quebra-Coco alcançaram as metas desejadas. É um lugar que se destaca pela qualidade de vida, com ótimas áreas de lazer para exercícios físicos e as ruas também servem como pistas de caminhadas para os moradores locais e de outros bairros da Ilha que aproveitam o bucolismo do Quebra Coco. Pedestres e veículos convivem harmoniosamente.

— Não é à toa que muitos insulanos escolhem o local para caminhadas e exercícios — conta Marcelle Souza, moradora do Quebra-Coco há 30 anos.

Na orla a vista para a Baía de Guanabara proporciona vista para a Ponte Rio Niterói, Pão de Açúcar e Cristo Redentor. Um privilégio que muitos pescadores na orla e em pequenos barcos curtem diariamente.