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Praia pode ter faixa de areia aumentada

Secretário Estadual de Obras avalia proposta para dragagem na Praia da Guanabara


29/10/2021 - Edição 2065

Ideia é aumentar para 22 metros a faixa de areia e incentivar atividades de lazer
Ideia é aumentar para 22 metros a faixa de areia e incentivar atividades de lazer

Uma proposta de memorial descritivo para ampliar faixa de areia na orla da Praia da Guanabara elaborado por estudantes universitários moradores da Ilha do Governador, chamou a atenção do secretário estadual de Obras Max Lemos, e na quinta (21), ele esteve na Freguesia para conhecer as condições da orla e verificar a viabilidade de execução. 

A força das marés de ressaca, algumas bastante fortes, tem afetado as muretas de proteção provocando diversos casos de desmoronamento de parte de calçadas, afetando ruas, além de invadir quiosques e ameaçar a estrutura de residências. 

A ideia do grupo de estudantes denominado Engenhando a Cidade, formado pelos alunos Francisco Abreu Victer, Severino Virgínio Neto e Yan de Azevedo Monteiro, do curso de engenharia da Escola Politécnica UFRJ, e cujo mentor é o engenheiro insulano Wagner Victer, é a realização de serviços públicos de dragagem para ampliar a faixa de areia que hoje tem em média cerca de oito metros para 25 metros, como era no passado. De acordo com os estudantes, com as obras haverá mais espaço para banhistas e a possibilidade da realização de diversas atividades de lazer e esportivas, inclusive à noite, se a iluminação foi substituída por lâmpadas de LED, como sugerem. 

Max Lemos cumprimenta o estudante Francisco Victer

O trecho tem cerca de 1400 metros e vai da Rua Chapot Prevost até a Praia do Bananal onde está localizada a Pedra da Onça. Se alargada poderá atrair público não apenas da Ilha do Governador, mas também estimular visitantes de outros bairros da Zona Norte, considerando que a linha 910, cujo ponto final fica junto a Pedra da Onça, liga a Freguesia com outros bairros da Zona Norte. 

— Mais gente na Ilha do Governador significa mais movimento nos quiosques e restaurantes da região, geração de empregos e consequente fortalecimento da economia local — argumenta o estudante Francisco. 

Segundo os estudos preliminares do grupo, a obra não geraria impacto ambiental considerando que a faixa de areia existente há alguns anos era mais larga e diminuiu por causa do assoreamento progressivo natural, fato hoje que provoca preocupação para os moradores e donos de quiosques, diante do avanço das ondas. 

Após visitar a Praia de Guanabara, o secretário Max Lemos disse que gostou da ideia e sua equipe de técnicos vai avaliar a viabilidade de dragagem, baseado no documento apresentado pelo grupo de estudantes da UFRJ.