13/03/2020 - Edição 1980
Um dos pontos de referência da região, a Praça do Avião, localizada no Galeão, vai completar quase um ano sem a réplica do caça modelo AMX-A1 fabricado pela Embraer. A Prefeitura da Aeronáutica (PAGL) retirou o avião para manutenção, porque as asas estavam se soltando e ofereciam riscos de machucar pessoas que transitam pelo local.
A Praça do Avião, inaugurada em 1969, pode ser considerada como parte da história da região ganhou inicialmente uma réplica do avião Gloster Meteor, considerado o primeiro caça à jato usado pela Aeronáutica, em homenagem aos militares insulanos que participaram da Segunda Guerra Mundial. Em 1999 devido à necessidade de urbanização do local, ele foi levado ao Museu Aeroespacial e em seu lugar foi colocado uma réplica menor do jato AMX-A1.
Os moradores saudosistas sentem falta do avião e lamentam a demora da Aeronáutica em recolocar o símbolo que valoriza a história da própria Força Aérea na região. O insulano Marcos Paulo, morador do Galeão, teme que o avião da pracinha tenha o mesmo fim do histórico avião da Varig, que ficava em um terreno próximo ao Aeroporto Tom Jobim, popular na década de 30 e 40, e que, recentemente, no final de janeiro foi destruído.
— A gente como brasileiro precisa valorizar o nosso passado. Estamos deixando de dar valor àquilo que um dia já teve importância. A cultura também move um país e a nossa região é agraciada por belas histórias e acontecimentos de grande relevância. Precisamos valorizar isso, e espero que a Aeronáutica não demore em resgatar um símbolo que faz parte história da Praça do Avião — conta.
O novo prefeito da Aeronáutica do Galeão, Coronel Alex Soares, que assumiu o comando em fevereiro informou que ainda não há previsão para o fim da manutenção e a recolocação da réplica na Praça do Avião. Até lá a referência da praça, localizada em frente ao Colégio Newton Braga, continuará sem o jato, para tristeza dos insulanos que admiram a FAB.