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Ponte da Ilha também ensina cidadania

Projeto de futebol para crianças e adolescentes recomeça atividades com protocolo de proteção à saúde


21/08/2020 - Edição 2003

Parte da equipe sub-17 do Ponte da Ilha que treina as terças, quintas e sextas no Aterro do Cocotá
Parte da equipe sub-17 do Ponte da Ilha que treina as terças, quintas e sextas no Aterro do Cocotá

Após mais de três meses com as atividades paralisadas devido as restrições impostas pela pandemia do novo coronavírus, a equipe de futebol Ponte da Ilha, que reúne cerca de 100 crianças e adolescentes de cinco a 17 anos no campo do Aterro do Cocotá, às terças, quintas e sextas, voltou aos treinamentos e competições. Para esse retorno, os coordenadores do projeto, professores Daniel Izaú e João Balbino, desenvolveram um protocolo de proteção à saúde com uso obrigatório de máscaras, álcool em gel e aferição de temperatura, cujo objetivo é evitar a possibilidade de contágio entre os atletas.

O Ponte da Ilha, que neste ano completa doze anos de existência, foi criado para ser uma ferramenta importante de inclusão através do esporte para diversos jovens em vulnerabilidade social. Inicialmente realizado na comunidade das Pixunas, as aulas foram ganhando mais adesões e o projeto transferido, há três anos, para o Cocotá. Mais de mil atletas já passaram pela Ponte, que é um alicerce para eles crescerem socialmente, seja no caminho do futebol se destacando em grandes clubes ou em outras áreas.

Higienização e medição de temperatura: obrigatório

— A dificuldade inicial foi a questão financeira para poder manter nossos materiais, como bolas, redes, coletes, uniformes, mas nunca desistimos. Temos convicção na importância do Ponte da Ilha de modo a transformar o futebol como um grande mobilizador social, sempre transmitindo aos nossos atletas a importância do fair play e da amizade. Além disso, nosso objetivo é disputar campeonatos nas categorias e temos tido alguns bons resultados nos últimos anos, fruto de bastante dedicação dos envolvidos, seja os coordenadores, o grupo de atletas e os responsáveis — conta Daniel.

Mais do que formar jogadores, a preocupação do Ponte da Ilha é formar o caráter dos jovens. A insulana Nice Santos acompanha o desenvolvimento da filha Sarah, de oito anos, que mesmo entre os meninos do Sub-9, é destaque. A filha já treina com o professor Daniel e Robinho desde os quatro anos. “A paixão dela é o futebol. Ela se sente bem aqui. É tratada com muito carinho e atenção pelos professores. O dia que não atividade ela fica triste. O sonho dela é ser uma grande jogadora de futebol, como a Marta”, revela Nice.

O Sub-17 do Ponte da Ilha estreou na Copa Ceres, torneio no qual chegou a semifinal em 2019. Já o Sub-15 estreia na Copa Maré, com jogos ocorrendo na Ilha do Fundão. As atividades do projeto, segundo Daniel, contam com o apoio de diversos amigos e empresários insulanos, e está aberto a novos patrocínios para manter as atividades que são gratuitas para as crianças e adolescentes. Informações: 98636-1578.