11/04/2025 - Edição 2245
Com apenas 8 anos de idade, Pedro Pereira já se destaca como uma das maiores promessas do tênis de base no Brasil. Morador da Vila Militar de Suboficiais e Sargentos da Aeronáutica, conhecida como Avenida Sete, no Galeão, o jovem atleta conquista troféus e corações por onde passa.
A paixão pelo tênis surgiu de forma curiosa. Aos 5 anos e meio, Pedro ainda tentava se adaptar ao futebol, mas nitidamente mostrou que não era sua praia, afinal não gostava de aglomeração e tinha o hábito de roer unhas. Algo não encaixava. Foi então que, com o incentivo do falecido avô, o "Vovô da Silva", Pedro experimentou a raquete pela primeira vez. A partir de uma aula experimental com o treinador Bismarck, nasceu um amor incondicional pelo esporte.
Hoje federado pela Tênis RJ e pela Confederação Brasileira de Tênis (CBT), Pedro treina cerca de 10 horas semanais na Tennis Route, na Barra, sob comando do técnico Laurent, especialista em metodologia francesa. Além disso, mantém rotina de treinos físicos na academia da Vila Militar com o apoio do personal Bruno, e de seus pais, que são grandes incentivadores nessa jornada incondicional de ser atleta de tênis.
Apesar da pouca idade, o currículo de Pedro já impressiona. Ele foi campeão da 6ª etapa do Circuito Sudeste em Niterói (2024); vice da 5ª etapa em 2025; semifinalista do Banana Bowl em Blumenau; vice da Brasil Juniors Cup, em São Leopoldo-RS; e campeão múltiplas vezes pelo Circuito Próxima Geração e torneios da Tecseth.
– Meu sonho é jogar o US Open, que é um dos torneios mais tradicionais de tênis mundial e também quero conhecer meu ídolo, o espanhol Carlos Alcaraz – disse Pedro Pereira.
Aluno da Maple Bear, instituição de ensino focada em línguas estrangeiras, Pedro sabe que o inglês é fundamental para seu futuro no tênis. Apesar do talento evidente, a família enfrenta dificuldades.
– Cada viagem é um gasto. Cada raquete desse menininho custa 1200 reais. A corda tem que trocar a cada 4 meses, o tênis acaba rápido, e tem que usar tênis diferentes e específicos para cada piso de quadra, gripe para raquetes que se trinca a cada 3 semanas, bolas e vestimentas. Tênis ainda é um esporte caro e sem apoio pesa – desabafa sua mãe Joseane, sargento da FAB, que completa – Mas não desistimos. Ele tem talento demais".
Pedro Pereira não é apenas uma promessa. Ele já é uma inspiração, para a irmã Laura, de 6 anos, e para toda a nova geração de insulanos. Neste final de semana tem competição no Estadual e, é claro, que estaremos na torcida por Pedro conquistar mais esse título. A Ilha torce por você!