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Pedras soltas geram riscos para pedestres

Calçadas ornamentadas com Pedras Portuguesas precisam de conservação permanente


12/08/2021 - Edição 2054

Diversos trechos do calçadão da Portuguesa estão em estado crítico e necessitam urgentemente de obras de reconstrução
Diversos trechos do calçadão da Portuguesa estão em estado crítico e necessitam urgentemente de obras de reconstrução

O calçadão de pedras portuguesas da Estrada do Galeão precisa de obras de conservação. O calçamento, que compreende a região entre o Casa Show e o HortiFruti, está com muitas pedras soltas e buracos em diversos trechos e necessita de reparos. 

A obra para a criação do calçadão na Portuguesa foi realizada em 1998, como parte do Projeto Rio-Cidade, um programa de intervenções urbanas em diversos bairros durante o governo do ex-prefeito César Maia. No entanto, o projeto que na época revitalizou o local, com o tempo foi se tornando um problema pela falta de conservação. 

Atualmente, os trechos mais críticos estão em frente ao Habib’s e do Banco Bradesco, próximo ao McDonald’s. Isso se deve tanto pela ação natural das chuvas, como também por conta dos veículos, tanto carros como motos, que transitam e estacionam irregularmente nas calçadas. 

Tal fato faz com que além de a calçada ficar descaracterizada, perdendo a beleza do contraste das pedras brancas com as pretas, os acidentes com os pedestres sejam mais frequentes. O insulano Felipe Alves, 32 anos, foi um dos que tropeçou no calçadão. 

— Estava andando em direção ao banco enquanto falava ao telefone com meu pai. Quando passei em frente à saída do estacionamento do Supermercado Extra, não percebi que havia um buraco e pisei em falso. Caí no chão com celular e tudo. Por sorte não aconteceu nada de grave e consegui me levantar. Mas e se fosse um idoso ou uma pessoa com deficiência? O perigo seria bem maior — afirma Felipe, completando em seguida — Se é melhor consertar ou colocar cimento na calçada toda eu não sei. Mas a realidade é que não dá para ficar essa buraqueira e deixar os pedestres em risco. 

Um agravante para a falta de conservação é o fato de que a manutenção é complicada. O serviço demanda tempo, tendo em vista que a instalação das pedras portuguesas é feita de forma artesanal, colocando uma pedra por vez. Com isso, o reparo ocorre de forma mais lenta que o ideal. 

A Secretaria de Conservação informou que locais danificados em frente a prédios, casas ou estabelecimentos comerciais, por lei, a obrigatoriedade da manutenção da calçada é do condomínio, proprietário ou locatário, e que ainda neste mês vai vistoriar os trechos com falhas nas pedras portuguesas.