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Patrulha Maria da Penha chega a Ilha

PM designa equipe de agentes para proteção à mulher


09/08/2019 - Edição 1949

Coronel Carlos Henrique com os agentes do 17º BPM que integram a patrulha
Coronel Carlos Henrique com os agentes do 17º BPM que integram a patrulha

Na semana em que completa 13 anos de existência, a Lei Maria da Penha ganha mais força. Agora mulheres vítimas de agressão doméstica terão um acompanhamento especializado da Polícia Militar e de integrantes do Tribunal de Justiça do Rio. O Programa Patrulha Maria da Penha foi lançado pela Secretaria de Estado de Polícia Militar na segunda (5) e já começou a agir nas ruas da Ilha.

Segundo o comandante do 17º BPM, Coronel Carlos Henrique, a ação ficará a cargo de uma equipe especializada, para dar apoio às mulheres que façam denúncias de agressão, além de acompanhar aquelas que possuem medidas protetivas contra seus agressores. Segundo o coronel, a Ilha registra em média 400 casos por ano.

— Uma equipe de cinco policiais do 17º BPM serão deslocados para atender esses casos, eles participaram das instruções e treinamento dos procedimentos. Muitas vezes uma mesma mulher tem um número grande de chamadas em sua residência, mas ela desiste de prestar a queixa. Esses policiais são os responsáveis por mapear as residências onde há denúncias repetitivas.

Policiais irão instruir as mulheres como se protegerem

O trabalho da PM será feito em parceria com o Fórum da Ilha. Juízes irão mapear os casos que necessitam de vigilância e também irão dar urgência e prioridade para ações jurídicas, como medidas de proteção à mulher, logo que sejam identificadas pelo policial da patrulha.

Os policiais terão viatura caracterizada para atender o programa. “As denúncias que forem recebidas pelo 190, ainda serão atendidas pela rádio patrulha, mas após o registro passarão para a responsabilidade da equipe da patrulha do programa Maria da Penha”, explica o comandante.

A vereadora Tânia Bastos foi esta semana ao 17º BPM para conhecer a equipe que vai trabalhar na patrulha da Ilha e saber detalhes das operações. “A experiência mostra que o acompanhamento desses casos tem inibido a reincidência da agressão. E, por consequência, creio que teremos uma queda nos casos de feminicídio, porque a mulher agredida estará mais protegida”.