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Parque Marcello de Ipanema está esquecido

Local sofre com insegurança e sobras acumuladas de rituais religiosos


21/08/2020 - Edição 2003

A sujeira, o tronco de árvore caído e a falta de iluminação, tornam o parque um lugar perigoso para frequentar
A sujeira, o tronco de árvore caído e a falta de iluminação, tornam o parque um lugar perigoso para frequentar

O Parque Marcello de Ipanema inaugurado em 1995, está localizado no final da Rua Cambaúba, no Jardim Guanabara, e homenageia um professor e historiador insulano que, entre outras virtudes, se destacou pela dedicação em defesa da natureza. Entretanto, atualmente o local sofre em meio ao abandono e sujeira deixada por alguns frequentadores. Os 13 hectares de área verde remanescentes de Mata Atlântica preservada à beira-mar dão uma beleza especial ao local que também conta com uma bela vista para a Baía de Guanabara.

No entanto, agora são poucos os insulanos que passeiam por lá. A falta de segurança, principalmente à noite, atrelada ao lixo, sobretudo dos rituais religiosos frequentes no espaço, fazem parte da imagem do parque. Os brinquedos da pracinha, desgastados pela ação do tempo, oferecem riscos às crianças. Além disso, o local é alvo de vândalos e pichadores que destroem lixeiras, quebram bancos e picham árvores.

— Durante à noite aqui é um cenário assustador. Nos finais de semana quando a Praia da Bica fica movimentada, principalmente por jovens, é comum vê-los entrando no parque com bebidas e provavelmente drogas. Já passou da hora de reforçar o policiamento na área e cuidar de verdade do parque — conta uma moradora da Rua Etelvino dos Santos, próxima ao Parque Marcello de Ipanema, que preferiu não se identificar.

Os restos de comida e oferendas de bichos mortos ficam pelo chão do parque atraindo urubus e pombos que transmitem doenças à fauna local, além de colocar em risco os frequentadores. Segundo outro morador das redondezas, a sujeira se acumula por dias e o mau-cheiro fica insuportável.

— Eu ainda utilizo o espaço pela manhã para fazer meditações. Como frequentadora espero que soluções urgentes sejam tomadas o quanto antes para a recuperação do parque — diz esperançosa a insulana Carla dos Santos.

Para a historiadora Cybelle de Ipanema, de 96 anos, viúva de Marcello de Ipanema, é preciso que sejam tomadas medidas urgentes para preservar o parque e transformá-lo novamente em uma bela atração de lazer para a família insulana.