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PM intensifica operações nas favelas

Objetivo é evitar a expansão territorial do tráfico de drogas


24/06/2022 - Edição 2099

Policiais do 17º BPM estão realizando patrulhamento ostensivo no Dendê
Policiais do 17º BPM estão realizando patrulhamento ostensivo no Dendê

Os últimos dias tem sido de tensão para os moradores das comunidades da região. A Polícia Militar, através de ações do 17ºBPM, está realizando diariamente patrulhamento no Dendê e Guarabu, e na quinta (23) pela manhã uma operação incluindo a Coordenadoria de Operações Especiais (COE) e outros batalhões do 1º Comando de Policiamento de Área (1CPA), foi realizada nas comunidades do Parque Royal, Pixunas, Dendê, Guarabu, Praia da Rosa e Querosene. Na ação houve troca de tiros e quatro suspeitos foram presos, sendo dois no Parque Royal e dois na Pixunas.  

Na operação de quinta houve confronto com a chegada das equipes, mas a situação foi rapidamente estabilizada e não houve feridos. No entanto, na segunda-feira um criminoso chegou a ser alvejado durante patrulhamento após reagir a presença de policiais e foi levado para o Hospital Evandro Freire onde e segue internado sob custódia da polícia. De acordo com a corporação, o objetivo destas ações é desarticular a presença de grupos criminosos na região. Paralelo a isso, a Polícia Civil investiga se traficantes do morro do Dendê estão envolvidos no sumiço de um motorista de aplicativo, que morava em Maricá.   

— O patrulhamento que está sendo realizado, constantemente, tem por objetivo evitar a expansão territorial do tráfico em bairros nos arredores do Morro do Dendê, bem como impedir a instalação de novas barricadas que já foram retiradas em operações anteriores. Seguiremos realizando as ações necessárias para a redução dos índices criminais — afirma o comandante do 17ºBPM, Tenente Coronel Silvio Luiz.  

Viatura estava baseada na entrada do Boogie Woogie

Com as ações desta semana, a Polícia Militar conseguiu apreender fuzis, sendo um montado com luneta de precisão utilizado em guerras, pistolas, revólveres, rádios transmissores e prendeu cinco suspeitos. Por conta da operação no Parque Royal, o Posto de saúde da comunidade chegou a ser fechado. Segundo um morador, que preferiu não se identificar, o clima é de tensão na comunidade e a sensação é de que a qualquer momento pode estourar mais uma troca de tiro.

— Estou evitando ficar na rua. Quando preciso sair ou voltar do trabalho, faço na maior pressa possível. O clima não é nada bom e isso deixa os vizinhos receosos e com medo — afirma.