07/01/2022 - Edição 2074
O trecho da orla que liga a Praia da Bandeira e o Aterro do Cocotá segue preocupando moradores, pedestres e motoristas que passam pelo local. A via está em péssimo estado de conservação há mais de dois anos e precisa urgente de reformas em sua estrutura.
Os problemas na orla são perceptíveis e a população teme por uma tragédia no local. Parte do muro de contenção está destruída por conta da ação das marés e de fortes chuvas que atingem a região, a estreita calçada apresenta buracos e rachaduras. Além disso, o asfalto está desnovelado, indicando risco de que o trecho pode desmoronar a qualquer momento.
— Costumo caminhar pela orla toda semana, mas confesso que faço isso com bastante medo. Já soube de pessoas que se machucaram feio pisando em falso nos buracos e também há sempre aquela apreensão de a calçada desabar de vez. Do jeito que estamos vendo, é questão de tempo até isso acontecer — afirma Teresa Carvalho, moradora do Cocotá.
A situação da orla da Praia da Bandeira já é apontada com um sinal de alerta há tempos. Em 2019, a Defesa Civil já havia elaborado um parecer técnico sobre os problemas e chegou a interditar o trecho para obras, mas foram feitas somente pequenas intervenções no local.
Em setembro do ano passado, a prefeitura do Rio abriu licitação para a realização de obras de recuperação de diversos trechos na orla da Ilha do Governador, incluindo o da Praia da Bandeira. Na ocasião, houve até uma visita de equipes da prefeitura para realizar um parecer técnico no local. Entretanto, o processo não avançou e moradores temem que nenhuma ação concreta seja tomada.
Em abril, do ano passado, moradores da Praia da Bandeira organizaram um abaixo-assinado que reuniu mais de 900 assinaturas pedindo pela recuperação da orla. O documento foi encaminhado aos órgãos competentes. Procurada, a Secretaria Municipal de Infraestrutura informou que a licitação já ocorreu e aguarda os trâmites burocráticos para dar início às obras.
Moradores preocupados com a ação das marés e a falta de conservação da orla
Pitangueiras e Praia da Bandeira são os locais onde os problemas são mais graves