Opinião

Opinião - José Richard


Por José Richard

16/07/2021 - Edição 2050

Esses dezesseis meses de coronavírus, cuja pandemia continua a ameaçar toda a população do planeta, além de já ter provocado a morte de quase 540 mil brasileiros, desintegrou famílias e fechou milhares de empresas causando a perda de uma quantidade incalculável de empregos. 

Sem renda, centenas de milhares de brasileiros vivem desesperados e ainda dependentes da solidariedade dos amigos e vizinhos para sobreviverem. Mas as dificuldades também atingiram muitos dos que inicialmente promoviam ações para doação da mantimentos e outras produtos de limpeza e higiene, e as doações diminuíram antes que a pandemia terminasse. O quadro é desesperador, embora muitas instituições de caridade e igrejas resistam às dificuldades e continuem a promover gestos de grandeza humana, mantendo canais importantes para distribuição de ajuda aos necessitados. 

Uma dessas ações que merece reconhecimento é realizado pelo Instituto Correnteza do Bem, cujo presidente é o líder comunitário Ilton Rosa Neto. A ONG conta com uma valorosa equipe de pessoas voluntárias, extremamente dedicadas a ajudar ao próximo que precisa de ajuda.  

Um dos projetos deste instituto, o “Pobreza Menstrual”, foca numa questão que passa despercebida pela maioria da população e atinge a saúde de muitas mulheres que vivem em dificuldades financeiras, principalmente nas comunidades. Refiro-me a campanha contra a vulnerabilidade menstrual, que identificou a dificuldade de acesso das mulheres pobres a produtos de higiene íntima. O problema foi agravado durante a pandemia e constrange muitas mulheres, que para se protegerem, colocam em risco a própria saúde.  

Pois a equipe da Correnteza do Bem continua trabalhando para conseguir doações dos produtos necessários e já entregou centenas kits de higiene para mulheres das comunidades da Ilha. A vida, e os problemas continuam, e quem se sensibilizar com a causa, e puder ajudar fazendo doações para esse projeto, o telefone da ONG é 97224-7659.