Opinião

Opinião - José Richard


Por José Richard

18/06/2021 - Edição 2046

A Ilha do Governador vive um momento tenso com a ampliação dos espaços ocupados pelos marginais em algumas regiões. A estratégia possivelmente é aumentar os territórios de domínio visando melhorar as receitas com atividades ilegais. Os reflexos se espalharam por toda a Ilha, mas quem sofre mais são os moradores das imediações de algumas comunidades. Há alguns meses que as pessoas estão desconfortáveis pela presença dos fora da lei que tentam estabelecer uma nova ordem, avançando seus domínios. 

A pandemia trouxe problemas e confusão na vida de todos, e a polícia teve limitadas as suas ações nas comunidades por determinação do STF, mesmo onde existem irregularidades criminosas. O problema chegou a órgãos públicos essenciais que hoje encontram limites para agir devido a problemas com a segurança dos trabalhadores. O poder paralelo está avançando pontualmente em algumas localidades que ocupa com a força pelo que são temidos. 

É desigual a luta entre o bem e o mal. Além disso, a polícia tem seus quadros enfraquecidos numericamente devido a pandemia com agentes afastados pela doença, enquanto a turma da bandidagem não se intimida com a pandemia e parece ter aumentado tanto a quantidade de seguidores que precisa ocupar mais espaços 

Esta semana ficou marcada pela reação dos militares para garantir o acesso às unidades da Marinha pelo bairro dos Bancários. Blindados se posicionaram nas ruas num movimento importante para garantir o retorno à rotina dos moradores da Estrada da Porteira e dos arredores. No tiroteio da segunda feira (14), entre bandidos e militares, felizmente não houve vítimas, como também na quarta à tarde, em outra troca de tiros, ninguém se feriu, graças a Deus. 

O clima é tenso na Ilha do Governador e muitos moradores estão com medo em suas casas e principalmente circular nas áreas dos conflitos.