02/05/2025 - Edição 2248
Uma nota publicada na coluna Voz do Leitor do Ilha Notícias vem ganhando atenção entre os moradores da região. É sobre a criação de um serviço de Barco Táxi ligando trechos da orla da Ilha do Governador. A proposta, sugerida pelo leitor, defende a implantação de um sistema de transporte aquaviário com diversas paradas em pontos estratégicos da região.
Outros leitores já comentaram sobre o tema, fato que merece reflexão. Entre os locais sugeridos para píeres para as embarcações estão bairros como Freguesia, Cocotá, Ribeira, Bica, Quebra Coco, Galeão e Fundão, no lado sul da Ilha. Pelo lado norte, os pontos incluiriam Tubiacanga, Parque Royal, Praia da Rosa e Praia das Pelônias, nos Bancários.
A ideia sugere que o sistema funcione com embarcações de médio porte, com capacidade inferior a cem passageiros, criando uma alternativa viável de transporte rápido e, ao mesmo tempo, fomentando o turismo local.
Por se tratar de uma concessão municipal, a proposta poderia ser incorporada ao planejamento da Prefeitura do Rio, com a definição de critérios para o tipo de embarcações, trajetos e testes operacionais. Caso os estudos demonstrem viabilidade e se mostre eficiente, o Barco Táxi tem potencial para melhorar a mobilidade dos insulanos, encurtando distâncias e reduzindo o tempo de deslocamento entre diversos bairros da Ilha.
Além de melhorar a locomoção interna, o serviço também teria apelo turístico, com possibilidade de passeios panorâmicos em torno da costa insulana. Um exemplo do uso eficiente de pequenas embarcações é o sistema de transporte marítimo entre o aeroporto Marco Polo, na Itália, e o centro histórico da ilha de Veneza. Lá dezenas de pequenas embarcações conhecidas como Táxi Aquático, fazem o serviço de deslocamento de turistas e moradores entre os dois pontos, embora, como aqui, também exista uma ponte que liga a Veneza ao continente.
A proposta do leitor reforça a necessidade de atualizar a agenda sobre mobilidade urbana. Incentivar e viabilizar o uso do transporte marítimo na Ilha do Governador é interessante, e pode provar, mais uma vez, que viver em uma ilha é um privilégio e não uma limitação geográfica.