13/12/2024 - Edição 2228
Com o início do verão no próximo dia 21, a Ilha do Governador, assim como o restante do Rio de Janeiro, se prepara para enfrentar as já tradicionais tempestades de fim de tarde. Relâmpagos, ventos fortes e chuvas torrenciais não são novidade, mas os alagamentos que transformam ruas em rios revelam um problema crônico: a falta de preparação e infraestrutura adequada para lidar com os fenômenos climáticos.
Enquanto não há como deslocar as nuvens carregadas para o mar, cabe aos moradores adotarem medidas preventivas para minimizar riscos. Procurar abrigo seguro durante as tempestades e evitar transitar em vias alagadas são cuidados básicos. Para os motoristas, o alerta é claro: estacionar em locais elevados e não desafiar os sinais óbvios de um temporal iminente. A imprudência somada ao caos do trânsito pode transformar a tentativa de escapar de uma chuva em tragédia, como mostram as imagens recorrentes de carros sendo arrastados por enxurradas.
Além dos danos materiais, as chuvas causam perdas irreparáveis de vidas humanas e animais. Contudo, o impacto das águas pluviais poderia ser consideravelmente reduzido com ações simples, mas negligenciadas, como a limpeza regular de bueiros e calçadas. Apesar de ser uma responsabilidade do poder público – como o recente desassoreamento do Rio Jequiá –, a colaboração dos moradores é fundamental para evitar que lixo e detritos obstruam as galerias pluviais. Muitas vezes a falta de conscientização coletiva contribui para que os alagamentos se repitam, prejudicando a todos.
Enquanto a natureza segue seu curso, cada dia mais imprevisível, este verão é mais uma oportunidade para refletirmos: será que estamos fazendo nossa parte para mitigar os impactos das chuvas e tomamos todos os cuidados com os perigos que as enxurradas provocam? A resposta, por enquanto, parece escorrer pelas ruas junto com a água que não encontra vazão.