06/12/2024 - Edição 2227
A circulação de motos pelas calçadas da Ilha do Governador se tornou um hábito preocupante e perigoso. É um descontrole absurdo da ordem urbana. Não há nenhuma segurança para as pessoas que caminham para o trabalho ou se deslocam nas áreas comerciais, nos passeios e praças, ou simplesmente caminham para o ponto de ônibus ou suas casas.
A situação é comparável ao desprezo que os motoqueiros tem com os sinais de trânsito há algum tempo e que vergonhosamente não chama mais a atenção de ninguém na medida que a transgressão se tornou rotina. Sempre acontece. Virou normal. Hoje raramente notamos alguma moto parada no sinal vermelho.
Também virou normal motos trafegando na contramão nas ruas da região. Parece que também isso se tornou um direito dos motoqueiros. O código de trânsito que aprendemos na auto escola foi rasgado e não existem mais regras. É verdade que a região é pouco sinalizada, faltam faixas horizontais que dividem as pistas, entre outros problemas nas vias públicas. Mas nada justifica as terríveis bandalhas que as motos praticam.
Pela madrugada, é comum os irritantes passeios de grupos de motoqueiros – mais conhecidos como rolés em vias públicas –, quando dezenas de realizam exibições e manobras perigosas. Além de provocar um barulho infernal que atrapalha o sono dos moradores, entre eles bebês, pessoas doentes e os trabalhadores de modo geral, que precisam descansar para o dia seguinte de batalha.
Olho para o futuro e vejo cada vez mais motos em circulação. É irreversível o uso crescente delas. O transporte é ótimo, econômico e ágil, mas precisa que seus condutores tenham consciência com as regras e cuidados especiais consigo, com os outros veículos e principalmente com as pessoas – seus vizinhos, parentes e amigos –, que estão nas calçadas. Vamos juntos fazer a diferença na Ilha!