Opinião

Opinião – José Richard


07/06/2024 - Edição 2201

Quando o 17º Batalhão da Polícia Militar foi instalado na Ilha do Governador em 1970, a população da nossa região era de aproximadamente 100 mil pessoas. A Ilha era ainda um bairro e agora é uma região onde existem 14 bairros, inclusive Tubiacanga – reconhecido recentemente –, e diversos sub-bairros, como o Quebra–Coco, por exemplo.  

Recordo esse tempo para que o leitor perceba as mudanças que aconteceram nas cinco décadas que se passaram. Além do status de região da cidade, a Ilha do Governador mais que dobrou o número de habitantes e hoje ultrapassa os 250 mil moradores. No início da década de 80, o Village era um espaço com algumas elevações arborizadas principalmente por árvores de eucaliptos. E no lugar onde hoje existe o Ilha Plaza Shopping funcionava uma concessionária de automóveis. Quase tudo mudou, o que é normal! 

Mas para entender um pouco a questão da segurança, na década de 70 a Ilha se destacava como um lugar tranquilo e seguro. A PM tinha um policial por cada 100 habitantes. O quartel da PM inaugurou com pouco mais de mil agentes. Hoje são cerca de 200 policiais. Antes a proporção era de 11 habitantes para cada PM e hoje são 1250 insulanos para cada policial. 

Vale lembrar também que em 70, época da ditadura, veículos da Polícia da Aeronáutica circulavam bastante pelas ruas da Ilha que tem até hoje muitas unidades da aeronáutica. O fato impunha uma sensação de segurança diferente para a região. 

A PM e a Polícia Civil precisam de ajuda da população. É preciso fazer o B.O. e denunciar toda espécie de crime e suspeitos para que as ações da lei possam ser mais eficientes e as manchas de crimes processadas rapidamente pelos computadores possibilitando à polícia agir com mais velocidade e pontualmente na proteção dos moradores e do patrimônio, aproveitando a tecnologia que não existia em 70.