Opinião

Opinião - José Richard

Light gera transtornos e prejuízos


02/02/2024 - Edição 2183

Enquanto o aeroporto dá um bom exemplo de gestão e voa para superar até os bons tempos do movimento pré-pandemia, por outro lado vivemos na Ilha do Governador situações antagônicas que preocupam a região que quase agoniza no seu desenvolvimento pela incapacidade das concessionárias de água e luz cumprirem suas obrigações e entregar serviços à altura do desenvolvimento de uma das regiões mais importantes de uma cidade como o Rio de Janeiro. 

O preço do fornecimento de água e luz não é barato e o desequilíbrio entre o mau serviço entregue e o custo exagerado é injusto e pesa no bolso do consumidor. Os prejuízos para a população e comerciantes além dos transtornos são exagerados. Não merecemos! E pior, também parece ruim a relação dessas empresas com seus clientes. 

A Light escreve um capítulo nunca visto pela população insulana. Esse capítulo começou pouco após o meio dia, do dia 12 de janeiro. Sem aviso, aconteceu o primeiro apagão do ano na Ilha, que durou um pouco mais de 5h. Mas foi um caos, com gente presa em elevador, almoços interrompidos nos restaurantes e centenas de lojas fechando diante da imprevisibilidade do retorno da energia. 

Desde então os apagões se repetem e agora o protocolo da empresa é realizar cortes seletivos para poupar a rede, que segundo a Light está quase no limite para colapsar e precisa ser substituída urgente. Enquanto isso, os insulanos vão sofrer com transtornos - como os congestionamentos na Estrada do Galeão -, provocados para instalação apressada de novos cabos de energia, além de apagões em rodízio seletivo.  

Há alguns anos a Light mantinha uma loja no Ilha Plaza para facilitar a vida dos clientes, e o atendimento era eficiente. Tudo piorou e causou transtornos quando fechou o espaço e transferiu o atendimento para um centro comercial na Penha, longe da Ilha. A perda de tempo e o custo do deslocamento provocaram a irritação dos consumidores, que também passaram a enfrentar filas e dificuldades no atendimento. 

Por outro, a concessionária Águas do Rio, que substituiu a Cedae, não consegue equilibrar o fornecimento de água na região e a falta d´água é constante em ruas diferentes. Além disso, a população reclama da instalação apressada de novos hidrômetros, cuja ação quebrou calçadas sem avisar o dono da casa, deixando entulhos para o morador dar um jeito, e algumas vezes, até impediam a saída de veículos da garagem do morador. 

Tudo isso é ruim para o desenvolvimento e a qualidade de vida. Mas sem opção para trocar de fornecedores de água e luz, o insulano é obrigado a ser cliente da Light e da Águas do Rio, e torce que a elas cumpram as suas obrigações e acabem com o sofrimento provocado pela instabilidade no fornecimento de água e luz.