Opinião

Opinião - José Richard


06/01/2023 - Edição 2127

A questão do serviço de barcas cujo contrato de concessão está sendo questionado pela justiça é mais uma dificuldade gerada pela absoluta falta de empenho das autoridades responsáveis pelo setor de transporte, cujos problemas precisam ser resolvidos urgente, em respeito à população. 

Os moradores da Ilha do Governador não merecem ficar reféns de um sistema cujo único beneficiário é a empresa concessionária que por não obter os resultados financeiros planejados no início do contrato, praticamente abandonou suas responsabilidades na linha Cocotá - Centro, reduzindo os horários para apenas três viagens na parte da manhã e outras três à noite. 

Com a oferta de poucas viagens é natural que os insulanos se voltem para o transporte rodoviário diminuindo a cada dia a opção marítima que deveria ter horários de viagens no mínimo de hora em hora, a partir das 5h da manhã até 22h. É inaceitável ser diferente disso.  

Enquanto o transporte marítimo se afoga na inércia, a população das Ilhas de Paquetá e do Governador sofre com as dificuldades do transporte público pessimamente planejado e cujos protagonistas como barcas, ônibus, vans, kombis e até moto táxis circulam à vontade, sem um projeto claro e planejado para atender a população. O sistema está ultrapassado e penaliza os passageiros.  

Não há fiscalização nas ruas para orientar e penalizar o setor que resolve da sua maneira como fazer as viagens e tratar os passageiros. Falta sensibilidade em algumas vans cujos motoristas não aceitam o cartão de gratuidade para idosos, e nada acontece para que esse grave problema seja resolvido. 

Fora isso, ônibus imprestáveis circulam pelas ruas e sujeitam os passageiros a bancos rasgados, insetos e até buracos no teto fazendo chover dentro dos veículos. É difícil não encontrar, todos os dias, ônibus estragados pelas ruas da Ilha, causando confusão no trânsito, por falta de manutenção. 

Uma vergonha!